O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, disse que o Ministério Público Estadual ainda não encaminhou o recibo das duas placas Wytron que possivelmente foram usadas no esquema de escutas telefônicas ilegais, popularmente conhecido como a "grampolândia pantaneira". A informação foi divulgação nesta sexta-feira (30) durante coletiva de imprensa sobre as queimadas e desmatamento ilegal em Mato Grosso.
“Bustamante tem falando na imprensa que o recebo é importante para achar a cadeia de domínio, ou seja: quem de dentro da Sesp teria recebido as placas”
Bustamante tem falando na imprensa que o recebo é importante para achar a cadeia de domínio, ou seja: quem de dentro da Sesp teria recebido as placas.
As placas de escutas telefônicas foram doadas pelo MPE a Sesp há 11 anos. O termo de sessão de uso do produto era por seis e depois teria que ser devolvido ao local de origem. Na época, quem assinou o termo foi o próprio Bustamante, que era secretário adjunto da pasta de Segurança, Justiça e Direitos Humanos atual Sesp. Desde então, os equipamento nunca mais foram vistos.
Embora reconheça que assinou o termo de sessão, Bustamante não se recorda se de fato o produto chegou até a Sesp, pois, segundo ele, há uma diferença entre assinatura e as placas terem sido usadas na prática pela secretaria.
Já o MPE, desde que a denúncia veio à tona, informou que fez um rastreamento em seus arquivos e localizou o termo de sessão das placas a Sesp.
O MPE foi provocado a investigar o caso depois que militares réus da grampolândia disseram em depoimento que a palcas Wytron foram utilizadas pela inteligência da Polícia Militar para fazer interceptações ilegais contra jornalistas, juízes, advogados e adversários políticos do Governo Pedro Taques (2015 - 2019).