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POLÍTICA Quinta-feira, 05 de Setembro de 2019, 15:01 - A | A

Quinta-feira, 05 de Setembro de 2019, 15h:01 - A | A

LIVE DO O BOM DA NOTÍCIA

Niuan cita ‘perseguição política’ contra Selma e dá nota 9,8 à sua filiação ao Podemos

Wellyngton Souza/Marisa Batalha-O Bom da Notícia

(Foto: Glaucia Almeida)

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Ao avaliar de um a 10 a possibilidade de filiação da senadora pesselista Selma Arruda, ao Podemos, legenda em que o vice-prefeito de Cuiabá, Niuan Ribeiro está há 23 dias, e já na condição de presidente do diretório de Cuiabá, ele garantiu quase uma nota máxima [9,8], ao revelar na manhã desta quinta-feira (5), em live do O Bom da Notícia, que estaria apenas esperando uma agenda mais ajustada para a sua filiação.

 

E que, obviamente, deverá ser bastante ruidosa uma vez que estará vindo para o Podemos uma parlamentar que assegurou nas urnas 678 mil votos e quase 150 mil somente na Capital.

 

Com direito - ainda acrescentou Niuan -, de ter a presença de deputados e senadores do partido de outros estados, em Mato Grosso, para a sua filiação e com ficha avalizada pela presidente nacional do Podemos, Renata Abreu.

 

A notícia de uma possível desfiliação da senadora mato-grossense foi veiculada em nível nacional no dia 29 de agosto, em nota na coluna de Guilherme Amado, da Revista Época

A notícia de uma possível desfiliação da senadora mato-grossense foi veiculada em nível nacional no dia 29 de agosto, em nota na coluna de Guilherme Amado, da Revista Época. Que por meio de nota admitiu ao colunista que estaria pensando seriamente em deixar a sigla do presidente Jair Bolsonaro, mas não da base de apoio do presidente.

 

A juiza aposentada e atual senadora ganhou notoriedade nacional pela sua atuação na 7ª Vara Crominal de Cuiabá. Sobretudo, por ter colocado atras das grades algumas personalidades políticas de Mato Grosso, como o ex-governador Silval Barbosa que ficou quase dois anos preso no Centro de Custódia de Cuiabá e só deixando a cadeia por conta de sua delação, aceita no Supremo Tribunal Federal e conhecida como 'delação monstruosa, dita pelo ministro Luiz Fux. 

 

Niuan ainda saiu em defesa da pesselista que apesar da votação elevada teve seu mandato cassado pouco depois de assumir a Senatória. Em abril deste ano Selma Arruda foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso e, igualmente, cassando os mandatos do suplente da vaga, Gilberto Possamai por omitirem da Justiça Eleitoral despesas de R$ 1,2 milhão na campanha de 2018, configurando caixa dois e abuso de poder econômico. Ela recorre da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no exercício do cargo. 

 

De acordo com o vice-prefeito, também advogado, a senadora foi mal assessorada juridicamente, lembrando que Selma ganhou com o mote da anticorrupção, em um momento que a população ansiava por este discurso. "Ela fez uma campanha que conseguiu incorporar e sintonizar com os anseios da população que votou nela por acreditar que ela se comprometeria na luta contra a corrupção e isto tem que ser levado em consideração. Na pior das hipóteses, se ocorrer uma cassação isso seria muito mal interpretado pela população. E ela ganharia ainda mais credibilidade e força do que já tem hoje. Na Constituição está escrito que todo poder emana do povo, e foi ele quem a colocou lá ”.  

Eu vejo uma campanha política contra ela querendo desrespeitar uma decisão da urna, do povo

 

Ainda para Niuan - que recentemente saiu do PSD -, a senadora pode estaria sofrendo uma ‘perseguição política’, visto que a magistrada aposentada 7ª Vara Criminal de Cuiabá entrou sem experiência na política, mas com desejo de fazer mudança. 

 

“Eu acho que aquilo [cassação] por si só não teria condições de mudar rumos das eleições. Eu vejo uma campanha política contra ela querendo desrespeitar uma decisão da urna. E como a senadora, uma juiza aposentada veio, assim, de outro cenário, e entrou em uma seara que não era a dela inicialmente, foi fácil virar alvo, enfrentando muita gente que tinha experiência política. Eu não vejo dolo e nem má-fé”, disse. 

 

O vice de Emanuel Pinheiro (MDB) - de quem vem desvencilhando sua imagem, de olho nas eleições de 2020 -,  ainda revela que esteve com a senadora no último final de semana, ao lado do presidente do diretório estadual, o deputado federal, José Medeiros, e a cúpula da legenda, em sua residência em Chapada dos Guimarães (a 65 quilômetros de Cuiabá), e que foi praticamente fechada sua filiação.

 

"Ela apenas comentou que estava com alguns 'probleminhas e descontente' com o PSL, mas sem entrar em detalhes. Prontamente nos colocamos à disposição para recebê-la no Podemos. E, o melhor, ela não precisaria deixar a base do presidente da República, Jair Bolsonaro, já que o Podemos faz parte da base de apoio do presidente no Congresso e representa hoje a segunda maior bancada no Senado".

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