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POLÍTICA Terça-feira, 17 de Setembro de 2019, 11:14 - A | A

Terça-feira, 17 de Setembro de 2019, 11h:14 - A | A

'TENHO OUTRAS PRIORIDADES'

Mauro acha cedo debate sobre Senado e desconversa sobre nome de Júlio Campos para a disputa

Marisa Batalha/Rafael Medeiros-O Bom da Notícia

(Foto: Reprodução)

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Nesta última segunda-feira(16), na assinatura do edital para credenciamento de médicos legistas para 17 municípios de Mato Grosso, o governador Mauro Mendes - usando um tom bastante elegante, até com muito bom humor -, desconversou sobre a apresentação do democratas, seu partido, do ex-goverrnador Júlio Campos, em uma possível eleição suplementar em caso de substituição no Senado, da congressista mato-grossense Selma Arruda, cassada por unanimidade pela Tribunal Regional Eleitoral.

 

De acordo com o chefe do Executivo estadual, os partidos têm o dever de ter bons quadros, sobretudo, o dever de se apresentar ao debate político para oferecer alternativa à sociedade. Pois este, ainda de acordo com o democrata, seria o papel dos partidos, 'o de se organizar, realizar debates internos, construir nomes e apresenta-los em um debate de ideias, dentro do processo eleitoral'.

 

Ao revelar, no entanto, que 'se Júlio Campos se apresentou, ótimo', pois ele teria uma boa história política que lhe dá sustentação à esta disputa. Apontando que surgiria, entretanto, outros nomes que possivelmente deverão se apresentar dentro deste processo eleitoral.

 

Isto pode acontecer daqui há um mês, dois meses, seis meses. E na condição de governador de Mato Grosso preciso estar focado nos problemas que precisam ser resolvidos no Estado. Assim, estou distante deste processo eleitoral, pois tenho problemas mais reais para resolver, e esta seria uma situação coadjuvante

Ainda lembrando que este seria um exercício de futurologia[eleição suplementar], já que ninguém sabe quando isto deverá ocorrer. E que até lá ele teria uma série de tarefas a cumprir em favor da população mato-grossense. Assim, estaria distante deste processo eleitoral.

 

"Isto pode acontecer daqui há um mês, dois meses, seis meses. E na condição de governador de Mato Grosso preciso estar focado nos problemas que precisam ser resolvidos no Estado. Assim, estou distante deste processo eleitoral, pois tenho problemas mais reais para resolver, e esta seria uma situação coadjuvante. Minha prioridade é cuidar das contas públicas, deixar as contas em dia, melhorar a segurança e ainda melhorar a performance fiscal do estado".

Entenda o caso

 

A senadora Selma Arruda foi eleita com 678 mil votos e cassada por unanimidade pela Justiça Eleitoral de Mato Grosso, em abril deste ano, junto com seus suplentes, por prática de caixa dois, abuso de poder econômico e campanha antecipada. 

 

No, último dia 10 de setembro a senadora - em meio a cerco fechado no Congresso, por conta de sua assinatura na criação da CPI da Toga, que pretende investigar o Judiciário - foi surpreendida com o parecer da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral mantenha cassação do mandato da congressista por caixa 2 e abuso de poder econômico, proferida pelo Tribunal Regional de Mato Grosso. Já que há um entendimento consolidado na Justiça que o afastamento só é determinado, de fato, após a condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Um dos representantes do agronegócio em Mato Grosso, Carlos Fávaro, foi o terceiro colocado nas últimas eleições para o Senado da República, tendo recebido nas urnas 434.972 votos. Ele buscou, na época do julgamento, uma posição favorável da Justiça para que assumisse a Senatória, sem sucesso. Pois na mesma ação que o TRE-MT cassou o mandato da senadora, ainda descartou esta hipótese. Também a procuradora-geral Raquel Dodge, deu parecer negativo à Fávaro, dentro dos argumentos que usou para defender a saída da juiza aposentada do Senado.

 

Além de Júlio Campos e Fávaro há outros nomes que começam a surgir no cenário da política mato-grossense. Principalmente, depois da declaração recente da deputada emedebista Janaina Riva, de que estaria sendo articulado junto aos parlamentares, na Assembleia Legislativa, um nome de consenso para esta disputa. Apontando o presidente da Casa, o democrata Eduardo Botelho, o líder do governador, na Casa de Leis, dilmar Dal'Bosco e ainda o secretário do parlamento, Max Russi, como bons nomees para esta disputa.