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CIDADES Quinta-feira, 17 de Maio de 2018, 10:04 - A | A

Quinta-feira, 17 de Maio de 2018, 10h:04 - A | A

LEGADO DA COPA

Secretário diz que prefeitura não pode gastar com obras inacabadas

Karollen Nadeska, da Redação

Arquivo pessoal

secretário de obras

Secretário Vanderlúcio Rodrigues, em entrevista a rádio Vila Real

O secretário de Obras Públicas, Vanderlúcio Rodrigues, afirmou que o município de Cuiabá não tem permissão para interferir na administração das obras inacabadas da Copa do Mundo. De acordo com o gestor, o impasse deve ser resolvido pela Secretaria de Cidades (Secid), que contratou empresas por meio de licitações, a exemplo da trincheira da Miguel Sutil, na região da gráfica Atalaia.


“Aquilo ali é uma discussão já. É fruto das obras da Copa, é tipo Estrada do Moinho. Existe um contrato da Secretaria de Cidades com uma empresa e eles têm que fazer o serviço. Como é obra licitada e contratada pelo estado, a prefeitura não pode gastar recurso com isso. Não tem como justificar e ir lá executar. Existe um órgão que está fiscalizando”, explicou na manhã desta quinta-feira (17), no programa Tribuna, da rádio Vila Real.


Conforme o secretário, o ato de interferência do município pode resultar em penalidade grave. Porém, apesar do impedimento, a prefeitura através de seus fiscais está acompanhando o processo das obras, que praticamente foram abandonadas, haja vista que é de alçada do governo do estado. Além disso, por se tratar de contratos relacionados à Copa do Mundo, a Justiça Federal está intermediando o assunto.


“Nós estamos acompanhando, mas não podemos interferir. Como existe um decreto, todas as obras são passadas para os fiscalizadores. Se eu gasto um recurso do município com uma obra contratada, eu sou penalizado. Nós já informamos a Secretaria que eles têm que cancelar o contrato e penalizar a empresa e contratar outra, finalizar a obra e concluir esse impasse”, explica.


A trincheira da Miguel Sutil já foi palco para vários acidentes, inclusive com morte. Rodrigues ressalta que a estrutura está comprometida e pode causar sérios danos aos moradores. No entanto, o caixa municipal fica restrito para investir nessas obras.


“Nós não podemos gastar recurso do município com uma obra contratada pelo Estado. Aquela obra ali está com sérios riscos. A obra só prescreve a partir do término de recebimento da obra. A obra está paralisada”, disse.