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POLÍTICA Quinta-feira, 03 de Outubro de 2019, 18:30 - A | A

Quinta-feira, 03 de Outubro de 2019, 18h:30 - A | A

CASA BUSCA NOVOS RECURSOS

Toninho e Joelson são nomeados para CPI do Paletó

Marisa Batalha/Rafael Medeiros-O Bom da Notícia

(Foto: Rafael Medeiros/O Bom da Notícia)

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Com um prazo de 120 dias para investigação, a Câmara de Vereadores de Cuiabá escolheu nesta quinta-feira (03), por 10 votos contra dois, o vereador social democrata, Toninho de Souza, como relator da CPI do Paletó e como membro, o parlamentar municipal sargento Joelson (PSC). A presidência continua nas mãos do vereador Marcelo Bussiki (PSB).

 

Derrotando, assim, os vereadores oposicionistas Diego Guimarães(PP) que concorreu como relator e Felipe Wellaton(PV), como membro.

Após as nomeações realizadas no Colégio de Líderes, Toninho assegurou isenção e transparência à investigação, mas adiantou que só dará início a CPI, após o fim de sua judicialização

 

A escolha foi presidida por Misael Galvão(PSB), cumprindo a determinação do juiz João Thiago de França Guerra, da 4ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, que indeferiu o recurso interposto pelo presidente do parlamento municipal que buscava na Justiça, a suspensão da recomposição da CPI do Paletó, que apura conduta do prefeito emedebista Emanuel Pinheiro, flagrado em vídeo, quando ainda era deputado estadual, recebendo maços de dinheiro do ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Correa.

 

Por meio de nota enviada aos mailings dos veiculos de comunicação da capital, nesta última quarta-feira (02), o presidente da Mesa Diretora da Casa de Leis cuiabana, já teria antecipado o anúncio sobre a escolha dos dois novos membros da Comissão, dentro do que exigiu a Justiça. E ainda que a escolha sairia, igualmente, como foi exigido pelo magistrado, dentre da lista de vereadores que assinaram o requerimento que deu origem a investigação.

 

Após as nomeações realizadas no Colégio de Líderes, Toninho assegurou isenção e transparência à investigação, mas adiantou que só dará início a CPI, após o fim de sua judicialização. Ou seja, quando a Casa julgar que já se utilizou de todos os mecanismos jurídicos, para se contrapor à volta da CPI no parlamento.

 

"Não vamos aceitação ilações, mas vamos realizar o nosso trabalho. Entendendo, entretanto, que no momento de julgar será o plenário que o fará, pois cabe à Comissão apenas realizar as apurações dos fatos. E só o farei após o fim de sua judicialização".

 

A consulta no Colégio de Líderes, de acordo com Misael Galvão faz cumprir a determinação da Justiça. E ainda que já teria pedido a procuradoria do parlamento para que produza a Resolução para a sua publicação. Admitindo que, no entanto, a decisão da Justiça cabe recursos e que a Casa estaria, igualmente, buscando todos os que forem cabíveis, para que eles sejam protocolados no Tribunal de Justiça, como forma ainda de suspender a investigação contra o prefeito emedebista na Câmara de Vereadores.

 

Imbróglio

 

Há mais de um mês - no dia 23 de agosto -, a Justiça acatou o mandado de segurança impetrado pelo vereador progressista Diego Guimarães. O parlamentar ingressou com a ação judicial, no ano passado, alegando que os vereadores da base do prefeito, Mario Nadaf (PV), membro da CPI, e Adevair Cabral (PSDB), relator, teriam realizado uma manobra para beneficiar Pinheiro e implodir a investigação.


A CPI nasceu após viralizar nas redes um vídeo do prefeito, na época deputado estadual, sendo flagrado, recebendo maços de dinheiro, em forma de propina, do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Correa. O prefeito emedebista também foi formalmente citado pelo ex-governador Silval Barbosa - em sua delação premiada e ainda na época da CPI do Paletó -, de estar entre os deputados que recebiam 'mensalinho', como forma de não investigar os desvios milionários, comandados pelo chefe do Executivo estadual, que eram realizados nas obras da Copa em 2014.

VÍDEO