Quarta-feira, 08 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Sexta-feira, 29 de Junho de 2018, 14:56 - A | A

Sexta-feira, 29 de Junho de 2018, 14h:56 - A | A

ASSASSINATO DANILO CAMPOS

Testemunhas de acusação são ouvidas sobre morte de personal

Karollen Nadeska, da Redação

Atualizada às 17h40 - Iniciou na tarde desta sexta-feira (29) a audiência de instrução e julgamento que irá definir o futuro de Guilherme Dias de Miranda e Walisson Magno de Almeida Santana, acusados de assassinar o personal treiner e filho do vereador Nilo Campos por Várzea Grande, Danilo Campos. Ambos réus foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado.


A audiência que acontece no Fórum de Cuiabá, é presidida pelo juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal, deve ouvir ao menos 10 testemunhas de acusação.


Segundo a denúncia, o empresário Guilherme teria sido o mandando do crime e Walisson que é amigo dele o executor. O motivo seria ciúmes (passional), já que Guilherme havia descoberto caso amoroso de sua esposa com o personal.

 

A primeira testemunha a depor é o gerente da academia Smart Fit, Gorbachev Barros de Oliveira, onde o personal trabalhava. Ele afirmou que tinha conhecimento sobre o relacionamento amoroso com a mulher do acusado, Anelise, e que tempos depois advertiu Danilo, em razão de uma possível retaliação. 

 

De acordo com o gerente, um certo tempo depois Danilo passou a ameaçado de morte com dizeres do tipo: "vou dar um tiro na sua cara". Ele chegou ainda a comprar uma arma para se defender, mas foi aconselhado pela testemunha a se desfazer do equipamento, tendo assim feito. 

 

Ao promotor do caso, o gerendo afirmou saber do relacionamento através de uma aluna, que nunca reclamou deassédio por parte do funcionário. Também relatou que o envolvimento dois dois não começou pela convivência na academia do Shopping Goiabeiras e sim fora, em razão de Anelise malhar em uma filial de Várzea Grande. 

 

A segunda pessoa chamada para depor é uma funcionária colega de Danilo. Ela relatou inicialmente que foi ameaçada pela escrivã de Polícia Civil a assinar documento sobre seu depoimento a Justiça. Na acusação, ela é apontada como confidente da vítima, pois sabia de um episódio em que o marido de Anelise havia surpreendido Danilo no estacionamento, devido ele ter mexido com a mulher. Porém, a testemunha esclareceu que essa situação não ocorreu com ambas as pessoas e sim com uma outra aluna.

 

Também foram ouvidas a namorada de Danilo, um vigilante e um policial civil que participou das investigações. Em seu relato, a jovem disse que apenas soube do relacionamento de Danilo com Anelise, após a morte dele. A jovem alegou ainda que só tinha coisas boas a falar sobre o namorado, com quem iniciou namoro 1 mês antes. 

 

O vigilante disse que Danilo havia pedido uma arma para ele, pois estava sendo ameaçado pelo marido de uma aluna, porém, o prestador de serviço não foi atrás do objeto, e ainda contou que não viu "malícia" no ato de Danilo.

 

O policial civil que atuou nas investigações, relatou que Guilherme era esperto e utilizava vários chips de celulares para tentar despistar a polícia. Disse ainda que Anelise ajudou a modificar a placa da motocicleta usada no crime, alegando que foi obrigada. Disse ainda que Danilo chegou a mostrar um print de mensagem a um amigo, sobre as ameaças que recebia.