Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sábado, 17 de Agosto de 2019, 08:19 - A | A

Sábado, 17 de Agosto de 2019, 08h:19 - A | A

DEFENDENDO BOLSONARO

Barbudo lembra de prêmio 'Motosserra de Ouro' e diz que Blairo 'gosta de andar do lado do poder'

Marcio Camilo - O Bom da Notícia

O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) disse que o ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi gosta de andar do lado do poder e por isso que criticou a política ambiental do governo Bolsonaro, que vem sendo fortemente criticada pelo aumento do desmatamento da floresta Amazônica, conforme os dados do  Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).

Quem foi chamado de rei da moto serra? Aí ele esverdeou porque o governo lulo-petista ganhou o poder, e esse pessoal gosta de andar do lado do poder

"Quem foi chamado de rei da motosserra?", disparou Barbudo ao lembra do prêmio "Motosserra de Ouro" que Blario recebeceu do Greenpeace em 2005, quando era governador de Mato Grosso. Segundo o grupo ambientalista, Blairo foi responsável por 48 por cento do total de perda de floresta na Amazônia brasileira, naquele ano. 

 

O deputado acrescetou que depois disso  "ele esverdeou porque o governo lulo-petista ganhou o poder, e esse pessoal gosta de andar do lado do poder". "Então, auto lá Blairo Maggi! O Bolsonaro não é a favor do desmatamento, nenhum de nós somos. O agricultor mato-grossense preserva", disse Barbudo nesta sexta-feira (16), em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Gazeta.

 

Segundo o deputado, o que o produtor rural quer é desmatar o que está na lei. "A lei fala 20% na Amazônia, Código Florestal permite, nós queremos autonomia agora".

 

Os líderes do agronegócio no Brasil, como Blairo Maggi, temem que as políticas de preservação da Amazôniza do governo Bolsonaro resultem em barreiras comerciais dos produtos brasileiros na Europa.

 

Governantes de países como Alemanha, França e Noruega já fizeram ameaças no sentido de promover sanções econômicas contra o Brasil.

 

Mas Barburdo  acredida que a comunidade européia não irá impor essas sações, "porque nós provaremos por A mais B que o Brasil é o país que mais preserva".

 

"Nós não somos os vilões dos desmatamento. A comunidade européia não vai nos acusar disso, porque somos o país que mais preserva atualmente no globo terrestre", acrescentou.

 

No entanto, o monitoramento do Inpe, que conta com tecnologia da Nasa, desmente as informações do deputado.

 

O órgão registrou que o desmatamento na Amazônia em julho teve crescimento de 278% em relação ao mesmo mês do ano passado.

 

Para Barbudo os dados são metirosos e a Europa não pode se basear nessa informações para impor sanções econômicas ao país. Ele ainda parabenizou o presidente Bolsonaro por ter demitido o diretor do Inpe, Ricardo Galvão.

 

Vale lembrar que o Inpe é um dos órgãos mais respeitados pela comunidade cietífica, em relação as pesquisas e monitoriamento espaciais.

 

Críticas de Blairo

 

Na última quinta-feira (15), em entrevista ao Valor Econômico, Blairo não escondeu sua preocupação com o discurso "agressivo" de Bolsonaro, ao se referir à política ambientalista do novo presidente da República.

 

De acordo com o ex-ministro - um dos sócios da Amaggi, maior trading do agronegócio de capital nacional -, o presidente com seu discurso 'tem combustível suficiente para cancelar o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Európeia, anunciado em 28 de junho'.

 

Ainda afirmando que a retória de Bolsonaro e  seu staff podem causar um duro golpe às negociações realizadas nos últimos anos em favor do agronegócio brasileiro, fazendo com que ele possa voltar à 'estaca zero', colocando a perder anos de esforços para imprimir o ambiente, como marca dos produtos vendidos no mercado externo.


"Temos uma relação muito complicada com a Europa e podemos ter mais fechamentos de mercado. Não duvido nada que a gritaria geral que a Europa está fazendo seja para não fazer o acordo", admitiu Blairo. Ainda lembrando que como exportador as coisas estariam apertando cada vez mais.