Em meio ao caos na Saúde Pública de Mato Grosso, a bancada federal disse que vai encaminhar ao Governo do Estado emendas parlamentares coletivas na ordem de R$ 169 milhões para serem investidos no setor. O montante será distribuído aos municípios e cairá nos cofres do Estado em abril, de acordo com a senadora Selma Arruda (PSL).
Participaram de reunião, realizada no Palácio Paiaguás nesta sexta-feira (22), além de Leonardo Albuquerque (SD) e Emanuelzinho (PTB), os deputados Neri Geller (PP), Carlos Bezerra (MDB), Valtenir Pereira (MDB), José Medeiros (Pode), Rosa Neide (PT), Juarez Costa (MDB) e a senadora Selma Arruda (PSL).
O deputado Leonardo afirmou que 50% do valor contemplará os repasses aos municípios. “Diante dos restos a pagar em relação à saúde pública, o acordo para repassar o valor integral das emendas vai ser uma forma de amortizar esse saldo negativo”.
No encontro também foram discutidas possíveis saídas para o problema da Santa Casa, que não recebe mais pacientes desde o último dia 18. Não houve, no entanto, nenhuma solução encaminhada para o impasse. Com o dinheiro na conta, caberá ao governador definir quanto será encaminhado a cada cidade de Mato Grosso.
A crise na Saúde fez o governador prorrogar a situação de emergência em sete hospitais públicos de Mato Grosso, dentre eles, declarou emergência no Adauto Botelho, SAMU, Superintendência de Assistência Farmacêutica - SAF, MT Hemocentro, Cridac, Cermac, Lacen e Superintendência de Obras da Secretaria de Saúde estadual. Leia AQUI.
O deputado federal Emanuelzinho (PTB) afirmou que não há nenhuma decisão no sentido de intervir ou não na Santa Casa. Ele disse, no entanto, que a filantropia deve ter uma participação tripartite (governos federal, estadual e municipal), e afirmou que desde a gestão do ex-governador Pedro Taques, o Governo do Estado tem deixado de fazer os repasses.
“Aconteceu que o governo estadual entrou em estado de calamidade financeira. Desde o Pedro que os repasses não vinham sendo feitos e a prefeitura, sozinha, não dá conta. Até porque não é obrigação dela e não tem nem condição financeira de dar esse suporte integral à Santa Casa”. Emanuelzinho é filho do prefeito Emanuel Pinheiro. Ele disse que o Ministério da Saúde aguarda decisão do prefeito, para definir se vai manter a diretoria da Santa Casa.
“Mas o ministro se colocou inteiramente à disposição, com praticamente toda a bancada federal junto, deputados e senadores dando suporte político, dando a margem de confiança que o prefeito Emanuel Pinheiro precisa”, declarou o petebista.
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