Assessoria
Após atender no início da semana passada, a uma convocação do presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), e se reunir no Parlamento, no Colégio dos Líderes, para esclarecer suposto envolvimento de membros do Ministério Público do Estado, no esquema de grampos telefônicos ilegais, o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges, recebeu - agora no MPE -, nesta segunda-feira (29), o presidente do Legislativo.
Botelho foi muito possivelmente devolver a visita de Borges à Casa de Leis e, claro, colocar 'panos quentes' em uma discussão que vem se acirrando quanto a ligação de membros do órgão de controle nas interceptações ilegais, ocorridas no governo de Pedro Taques (PSDB).
Acompanhado do primeiro-secretário, deputado Max Russi (PSB) e do procurador-geral da Assembleia Legislativa, Grhegory Maia, Botelho frisou a importância do encontro institucional.
“Botelho foi muito possivelmente devolver a visita de Borges à Casa de Leis e, claro, colocar 'panos quentes' em uma discussão que vem se acirrando quanto a ligação de membros do órgão de controle nas interceptações ilegais, ocorridas no governo de Pedro Taques”
Sob a alegação de estreitar os laços entre o Legislativo com o MP, o parlamentar democrata afirmou que sua visita mirou, em um primeiro momento, discutir "as necessidades de novos promotores, na criação de novas comarcas" e, claro, sobre o que está sendo feito, em nível de investigação interna, na questão dos grampos ilegais.
Prova disto, que o procurador-geral mostrou - de acordo com Botelho -, todos os procedimentos que estão sendo adotados. "Estamos acreditando plenamente no trabalho do procurador e do coordenador do Naco e que tenham isenção para fazer o trabalho que dê melhor resultado à toda sociedade”.
Da mesma forma, Borges Pereira, buscando dar um tom mais ameno ao encontro, apontou a visita como 'uma dívida de cortesia' do presidente do Parlamento ao MPE, já que desde que assumiu o órgão, ele[Botelho] não teria realizado a visita institucional.
Para Borges, é importante essa aproximação entre os poderes. Voltando a garantir sobre a questão da ‘grampolândia’, a realização de uma auditoria para investigar os fatos. Lembrando que esta a autoria, no entanto, depende da contratação de empresa especializada, que deverá demorar de 20 a 30 dias para começar o serviço.
“De qualquer forma, o Ministério Público passa pela transparência de suas medidas, e isso será devidamente esclarecido. As medidas estão sendo tomadas, seja através do doutor Domingos Sávio, do Naco, seja através da nossa Corregedoria e eu na qualidade de procurador-geral. Vamos fazer aqui uma auditoria externa no nosso guardião, que é o sistema de interceptação telefônica com ordem judicial. Vamos dar os devidos esclarecimentos se houve ou não qualquer tipo de envolvimento aqui dentro do Ministério Público relacionado a isso”, disse o chefe do MPE. (Com informações da assessoria)