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POLÍTICA Segunda-feira, 27 de Maio de 2019, 18:48 - A | A

Segunda-feira, 27 de Maio de 2019, 18h:48 - A | A

4 MIL MANIFESTAM

Cerca de 4 mil profissionais participam de ato; 360 escolas não aderiram a greve

Rafael Machado - O Bom da Notícia

Cerca de quatro mil profissionais da educação participaram do primeiro ato público da categoria que iniciou uma greve por tempo nesta segunda-feira (27). A manifestação aconteceu nesta tarde no Centro Político Administrativo.

 

Com cartazes e vestidos de preto, os servidores percorreram as ruas do Palácio Paiaguás reivindicando cumprimento da Lei 510/2013 que trata sobre aumento salarial, convocação dos aprovados no último concurso público e o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos profissionais da categoria.

 

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, se o Corpo de Bombeiros e demais órgãos fiscalizem as condições estruturais das escolas, muitas estariam fechadas.

 

“O papel deles é fazer todo tipo de ameaça possível, então cortar ponto, dizer que vai exonerar servidor, tudo que vocês imaginarem, mas a categoria está dando uma resposta à altura. Entre as retiradas de direitos e as ameaças do governo, vamos fazer o enfrentamento para garantir o que temos direito”, disse o presidente ao 'O Bom da Notícia'.

 

O Governo do Estado divulgou um balanço das escolas que aderiram ao movimento. De acordo com o levantamento, das 767 escolas estaduais, 360 não paralisaram, o que representa 47%. Já 322, cerca de 42%, decretaram greve. Quinze escolas aderiram parcialmente ao movimento, 61 ainda discutem a possibilidade de ingressar a greve e seis o governo não conseguiu contato. Veja o gráfico abaixo

 

A secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk disse que apesar do Governo abrir as contas, mostrando a real situação financeira do Estado, isto não foi, entretanto, capaz de sensibilizar os professores que mantiveram a greve, iniciada nesta segunda-feira.

 

De acordo a secretária, na última sexta-feira (24), a reunião entre um comitê montado para tentar negociar com os profissionais e representantes do sindicato da classe não chegaram ao entendimento sobre as pautas.

 

“Por mais que você abra as contas públicas para os representantes do sindicato, por mais que você mostre com toda transparência a real situação do Estado de Mato Grosso, eles não compreendem e endurecem com a greve”, disse a gestora, em entrevista ao programa A Tribuna, na Rádio Vila Real, nesta segunda.

 

Cortes

 

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) diz que o Governo irá obedecer à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), no tocante ao Recurso Especial 693456/2016, que trata do corte de ponto de grevistas.

 

"Conforme o STF, o ponto deve ser cortado imediatamente à deflagração do movimento grevista. Com o fim do movimento, os profissionais podem repor as aulas e serão remunerados pela reposição", destaca a pasta.

 

Veja o gráfico apresentado pelo Governo do Estado: