O Governo do Estado espera que os US$ 332 milhões, oriundos do empréstimo com o Bird (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento), caiam na conta daqui, no máximo, dois meses. A previsão é que o montante esteja disponível para aplicações no mês de julho. A informação foi dada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, nesta quinta-feira (4).
O Diário Oficial do Estado trouxe, nesta sexta-feira (5), a sanção do governador à lei aprovada na Assembleia que autoriza o Executivo a contrair o empréstimo. O texto da lei traz o valor exato do empréstimo: US$ 332.610.000. Na cotação do dia, o valor é de aproximadamente R$ 1,2 bilhão.
O governador Mauro Mendes (DEM) solicitou a quantia por acreditar que o empréstimo vai trazer um alívio no fluxo de caixa em um curto espaço de tempo, o que propiciará o pagamento de fornecedores e servidores. Além disso, ele prometeu quitar uma dívida com o banco americano Bank Of América. Com a aprovação feita pela Assembleia Legislativa, o projeto segue ainda para sanções no Ministério da Fazenda, Procuradoria Nacional, Senado Federal e ainda na presidência da República.
“O único objetivo do governo com esse financiamento é criar uma forma bem acelerada de alcançarmos o tão sonhado equilíbrio financeiro que estamos buscando”
“São só formalidades agora. Tem que passar pelo congresso e pela Secretaria do Tesouro Nacional, e a previsão é que até final e julho estejamos concretizando as assinaturas para o financiamento. O governador está pensando no bem de todos os cidadãos. O único objetivo do governo com esse financiamento é criar uma forma bem acelerada de alcançarmos o tão sonhado equilíbrio financeiro que estamos buscando”, disse Mauro Carvalho.
O Executivo quer quitar um empréstimo e alongar as demais prestações para mais 20 anos, acrescentando quase R$ 350 milhões a mais na dívida, que tem hoje um valor total de R$ 270 milhões, a uma taxa de juros de 3,5%. A ideia é que em quatro anos o Estado tenha uma economia de quase R$ 800 milhões. Na gestão do ex-governador Silval Barbosa, o montante foi renegociado em dólar.
O ex-governador Pedro Taques (PSDB) já havia solicitado ao Tesouro Nacional para alongar a dívida, já que alegou incapacidade financeira para pagar o valor semestral de R$ 140 milhões.