Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 27 de Maio de 2019, 14:35 - A | A

Segunda-feira, 27 de Maio de 2019, 14h:35 - A | A

DIZ SECRETÁRIA SOBRE GREVE

"Em reunião, governo abriu as contas públicas mas professores não querem entender"

Rafael Machado - O Bom da Notícia

A secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk disse que apesar do Governo abrir as contas, mostrando a real situação financeira do Estado, isto não foi, entretanto, capaz de sensibilizar os professores que mantiveram a greve, iniciada nesta segunda-feira (27).

 

Entre a pauta de reivindicações da categoria está o cumprimento da lei 510/13, que fala sobre a campanha salarial 2019 e o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores da Educação.

 

De acordo a secretária, na última sexta-feira (24), a reunião entre um comitê montado para tentar negociar com os profissionais e representantes do sindicato da classe não chegaram ao entendimento sobre as pautas.

 

“Por mais que você abra as contas públicas para os representantes do sindicato, por mais que você mostre com toda transparência a real situação do Estado de Mato Grosso, eles não compreendem e endurecem com a greve”, disse a gestora, em entrevista ao programa A Tribuna, na Rádio Vila Real, nesta segunda.


Apontando ainda que o Estado não tem condições de atender as solicitações da categoria, revelando que se fossem garantidas as reivindicações da categoria, obviamente, o governo teria que atender a todas as classes dos servidores públicos estaduais.

 

Marioneide ainda lembrou que o Executivo estadual vem trabalhando acima do porcentual exigido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com folha de pagamento. Ao ressaltar que 95% do orçamento da Secretaria é gasta apenas com folha de pagamento e que caso atendesse ao pedido dos professores sobre o cumprimento da Lei 510 sobrariam R$ 100 milhões para investimentos no setor.

 

“Quando se trata da Lei 510, que fala do valor de compra, hoje o orçamento da Seduc já está comprometido em 95% com folha de pagamento, ou seja, o que sobra para Seduc já é menos do que o necessário para colocar em pratica o seu projeto político-educacional. Agora, imagina administrar uma secretaria com R$100 milhões sendo que só o transporte escolar é R$ 116 milhões”, disse.

 

Escolas paralisadas

 

Ainda segundo a gestora, um pré-relatório feito pela pasta na última semana observou que pelo menos 192 escolas decidiram paralisar das 254 que já anunciaram que não iriam aderir a mobilização, 26 estão parcialmente e 148 ainda não decidiram se vão paralisar a partir de hoje.

 

Com a greve, mais de 392 mil alunos do ensino público estadual ficarão sem aulas por tempo indeterminado.