O portal online do Correio Braziliense obteve acesso uma mensagem de áudio do presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam), Tiago Abreu, que em conversa com um magistrado de Brasília, diz que pode ocorrer "prisão em massa de promotores de Justiça", supostamente envolvidos no esquema de escutas ilegais que ficou conhecido como "grampolândia pantaneira".
“Isso aqui está bem próximo de ser descortinado e a gente ter a primeira prisão em massa de promotores de justiça. Até uma forma de a gente dar uma lição para o nosso país”
O Correio destaca que na mensagem, enviada por celular, Abreu comenta as críticas que a senadora pesselista, ex-juíza Selma Arruda (PSL) fez às investigações contra o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE).
O presidente da Amam se refere à investigação - em que os promotores do Gaeco são acusados de promover a prática "barriga de aluguel" -, para interceptar ilegalmente autoridades políticas, dentre elas a deputada estadual Janaina Riva (MDB).
"Acredito que, aqui no Mato Grosso, com todo o aparato e a investigação que está ocorrendo, nós vamos desbaratar essa, entre aspas, organização criminosa que se instalou no Gaeco estadual. Porque foi utilizado, e está mais do que comprovado com os depoimentos que já foram colhidos, que foi utilizado o aparato institucional para fazer perseguição política", destaca Abreu, segundo o Correio. "Isso aqui está bem próximo de ser descortinado e a gente ter a primeira prisão em massa de promotores de justiça. Até uma forma de a gente dar uma lição para o nosso país", completa o presidente da Amam.
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