A partir desta segunda-feira (27) mais de 392 mil alunos do ensino público estadual de Mato Grosso ficarão sem aulas por tempo indeterminado. A greve geral, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), atinge 751 escolas estaduais e 40 mil profissionais da Educação.
O Governo do Estado confirmou a tendência em cortar o ponto dos profissionais da Educação que aderirem à paralisação. A medida atende decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as pautas de reivindicações dos professores está o cumprimento da lei 510/13, que fala sobre a campanha salarial 2019 e o pagamento da RGA aos servidores da Educação.
Além disso, os professores protestam pela posse do concurso público realizado em 2017 e melhora na estrutura das escolas públicas do Estado. De acordo com Valdeir Pereira, presidente do Sintep MT, se o Corpo de Bombeiros e demais órgãos fiscalizem as condições estruturais das escolas, muitas estariam fechadas.
“O papel deles pe fazer todo tipo de ameaça possível, então cortar ponto, dizer que vai exonerar servidor, tudo que vocês imaginarem, mas a categoria está dando uma resposta à altura. Entre as retiradas de direitos e as ameaças do governo, vamos fazer o enfrentamento para garantir o que temos direito”, disse o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, ao 'O Bom da Notícia'.
Na semana passada, em reunião com os secretários de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, e de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, representantes do Sintep cobraram o cumprimento da lei 510, que realinha em 7,69%, anualmente, o salário dos profissionais da educação básica de Mato Grosso, mas o encontro terminou sem acordo.
Na semana passada, Mendes rebateu a ameaça de greve dizendo que a qualidade do ensino no Estado era péssima. A próxima assembleia está marcada para os dias 8,9 e 10 de junho.
Além das pautas por Mato Grosso, os profissionais e estudantes de instituições públicas protestam contra o corte de recursos da educação e contra a reforma da previdência. O ato faz parte de uma mobilização em defesa da educação no país, após o anúncio de cortes feito pelo Ministério da Educação.