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POLÍTICA Sexta-feira, 26 de Abril de 2019, 08:18 - A | A

Sexta-feira, 26 de Abril de 2019, 08h:18 - A | A

PACOTE ANTICRIME

Ex-ministro classifica proposta de Moro como retórica;"discurso populista"

Rafael Machado - O Bom da Notícia

O ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, criticou o projeto Anticrime apresentado pelo Governo Federal que prevê mudanças no Código de Processo Penal, Código Penal e outras leis penais. Para Aragão, a proposta é retórica e passa por cima da primeira agenda do país, a desigualdade social.

 

“Nós sabemos que a primeira agenda do país não é essa. A primeira agenda do país é a grande desigualdade social que causa violência que realmente faz com que famílias vivam no medo, além da miséria, normalmente os quem mais tem medo são os miseráveis é este é o problema, e esse pacote ele passa por cima disso tudo, ele só quer na verdade fazer discurso populista simbólico em cima da corrupção como se resolvendo a corrupção se resolve todos os problemas do país”, disparou o ex-ministro.

 

Ele participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa que debateu sobre a proposta elaborada pelo atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ao Congresso Nacional, quer, em tese, criar mecanismos legais de enfrentamento à violência e ao crime organizado.

 

O encontro foi proposto pelo deputado Valdir Barranco (PT) que acredita ser necessário a discussão sobre tema, pois, caso o pacote seja aprovado causara profunda mudanças na estrutura da sociedade.

 

A deputada federal petista, Rosa Neide, disse que a bancada da oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) não irá deixar aprovar a proposta que, segunda ela, não apara o cidadão.

 

“Vamos avançar e construir um texto que dê conta do que a população brasileira precisa e não mais agressão da população”, contou.

 

Ainda segundo a petista, a cada audiência realizada está sendo elaborado uma relatório para subsidiar possíveis emendas ao projeto.

 

“Vou encaminhar um relatório para bancada do partido dos trabalhadores, em Brasília, no Senado, também chamada bancada da oposição para que a gente possa construir limpeza nesse texto, porque o texto que está agride a população”, comentou.