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POLÍTICA Sábado, 06 de Julho de 2019, 08:40 - A | A

Sábado, 06 de Julho de 2019, 08h:40 - A | A

QUEDA DE BRAÇO

Greve dos professores já é considera uma das mais longas da história de MT

Ana Adélia Jácomo

A greve dos professores estaduais parece estar longe do fim. Paralisados desde 27 de maio, a categoria tem tido seus pontos cortados pelo Governo do Estado e, na próxima segunda-feira (8), muitos dos profissionais devem receber seus holerites sem rendimentos.

 

A crise na Educação de Mato Grosso é considerada uma das mais longas da história. A última paralisação foi em 2016 e durou 67 dias. 

 

Os profissionais da educação deflagraram a greve geral para reivindicar a integralização do 7,69% da lei da dobra do poder de compras até a próxima data base; compromisso aos percentuais que vencerão durante a gestão do governador Mauro Mendes da LC 510/2013; e, suspensão imediata do corte de pontos e a restituição dos valores descontados em razão da greve. 

 

Nesta semana diversas manifestações foram feitas pelos professores. Eles chegaram a se posicionar nos principais cruzamentos da cidade para vender os doces e pedir doações, numa clara resposta à queda de braço com o Governo do Estado, que vem realizando os cortes salariais. 

 

O grupo também fechou a entrada da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) nesta quinta-feira (4), e com cartazes e palavras de ordem cobram posicionamento do Governo do Estado referente as reivindicações. 

 

O governador Mauro Mendes (DEM) mantém a posição de que o Estado está impedido, legalmente, de conceder o aumento salarial dos profissionais da Educação Pública. Segundo o Governo, é essencial o retorno aos limites de gastos com pessoal de acordo com o que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, 49%, para que seja possível que os reajustes possam ser novamente concedidos. Atualmente o Estado está estourado em 59%. 

 

Nesta quarta-feira (3) o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), após reunião com o sindicato, se mostrou preocupado com o impasse e se comprometeu a buscar diálogo com o governador e equipe, para a construção de resposta para a categoria.    

 

A expectativa da categoria era de que até esta sexta-feira (5), um documento fosse enviado pelo Executivo, com o objetivo de avançar nas negociações. No entanto, até a publicação desta matéria nenhum posicionamento havia sido enviado ao Sintep. 

 

Os professores aguardavam a proposta para que pudesse ser encaminhada às sub sedes e depois em Assembleia Geral. Como nada foi enviado, o sindicato reforçou que a greve irá continuar por tempo indeterminado.