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POLÍTICA Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2019, 15:42 - A | A

Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2019, 15h:42 - A | A

ESTRATÉGIA POLÍTICA

Janaína tenta apaziguar polêmica e nega que Maluf seja preterido

Karollen Nadeska, da Redação

(Foto: Assessoria)

 

A vice-presidente da Assembleia Legislativa, Janaína Riva (MDB), se viu no dever de justificar a indicação do colega Max Russi (PSB) ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A parlamentar alegou que a decisão da maioria nada mais é que uma estratégia política, ao contrário do que se comenta nos bastidores, de que o colega Guilherme Maluf (PSDB) estaria sendo “preterido”.

 

“Você ter que escolher entre um colega ou outro não é legal. Eu acho que poderia haver um consenso entre os próprios que são candidatos e equacionar essa situação. A impressão que dá é que a gente está preterindo um em detrimento ao outro. Então não houve isso”, disse ela.

 

Você ter que escolher entre um colega ou outro não é legal. Eu acho que poderia haver um consenso entre os próprios que são candidatos e equacionar essa situação

Janaína negou também que exista um acordo entre os parlamentares, para deixar Maluf de fora da disputa, e que na verdade a articulação dos 24 deputados é para evitar que a cadeira seja preenchida por decisão de outra autarquia que não seja a AL.

 

“Na verdade as coisas mudaram muito desde que houve julgamento no Tribunal de Justiça. Maluf se tornou réu em um processo. Isso não é condenar o deputado por antecipação, mas é entender que nesse momento, na minha opinião e na opinião de outros colegas, a vaga se inviabilizaria até ele comprovar sua inocência”, explica.

 

Maluf é apontado pelo Ministério Público como integrante de uma organização criminosa que teria causado rombo de mais de R$ 50 milhões aos cofres públicos. O esquema teria se originado na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) com a participação, inclusive, do primo dele Alan Malouf – empresário do ramo da gastronomia. 

 

A vaga foi travada na Justiça em 2014, à época em que o ex-conselheiro Humberto Bosaipo foi afastado por supostamente ter se envolvido em esquema de corrupção.

 

“Então a nossa preocupação é não perder realmente essa vaga. Por isso que surgiu o nome do deputado Max, que é uma pessoa que nem queria ser indicado para um cargo no TCE. A pessoa hoje que é o centro das indicações, que tem mais nomes que o indicaram, mas acabou se tornando nome de consenso, que agregou mais entre os deputados”, reafirma.