O governador democrata Mauro Mendes credita que os concorrentes internacionais podem se aproveitar das notícias sobre as queimadas e desmatamento na Amazônia para patrocinar embargos aos produtos do agronegócio brasileiro, em especial a Mato Grosso.
“Mauro diz que há uma desproporcionalidade nas notícias sobre o aumento do desmatamento, tanto fora como dentro do país, e que isso pode trazer um “dano gigante à economia brasileira”, que ainda é dependente das exportações das commodities de produtos agrícolas”
Conforme o democrata, há uma desproporcionalidade nas notícias sobre o aumento do desmatamento, tanto fora como dentro do país, e que isso pode trazer um “dano gigante à economia brasileira”, que ainda é dependente das exportações das commodities de produtos agrícolas.
"O risco da imagem ambiental é muito forte. Nossos concorrentes internacionais podem patrocinar nas redes embargados propondo às comunidades que não adquiram centenas de produtos do agronegócio brasileiro", disse em entrevista à Rádio CBN Brasil, na manhã desta segunda-feira (26).
Conforme o gestor, se a imagem não for revertida, "o país pode mergulhar numa crise muito maior que viveu em 2015 e 2016", durante o Governo Dilma Rousseff (PT).
Ressalta que, de fato, existe o desmatamento, ressaltando que, porém, estes desflorestamentos não têm sido patrocinados pelos grandes produtores do agronegócio que são conscientes e plantam com foco na desenvolvimento tecnológico e preservação ambiental. “Até porque existem regras internacionais e dependemos desses países [Europa] para vendermos esses produtos".
Lembrou também que diferente dos demais estados amazônicos, a preservação da floresta aumentou em Mato Grosso nos últimos. Segundo Mauro, levantamentos recentes do Governo apontam que Mato Grosso reduziu o desmatamento ilegal em quase 20%.
Nesta terça-feira (26), Mauro e os demais governadores da região amazônica se reúnem em Brasília com o presidente Bolsonaro para debater medidas e recursos ao combate dos incêndios na floresta amazônica, uma vez que Mato Grosso é conhecido por ser a porta de entrada da Amazônia Legal.
Além da confirmação do envio do Exército e aviões, a expectativa é que durante a reunião Bolsonaro libe de R$ 28 milhões aos estados para enfrentar o problema. O recurso deve ser distribuído de acordo com a necessidade de cada região.