O governador Mauro Mendes (DEM) em reunião na última terça-feira (23), com o ministro Sérgio Moro, cobrou mais investimentos na área de Segurança Pública, principalmente na fronteira do Estado com outros países, como é o caso de Mato Grosso com a Bolívia.
Durante o encontro, o governador ressaltou que Mato Grosso tem mais de 900 km de fronteiras com países vizinhos “considerada uma zona de tráfico de droga e de alta periculosidade”.
De acordo com o democrata, o Exército deveria fazer a segurança nas divisas, mas o trabalho está sendo feito pelo Governo que não tem recursos para fazer investimentos.
“Nós precisamos da ajuda do governo federal. Eu disse para o ministro Sérgio Moro: ‘Ministro, assim não dá. É um trabalho que não é nosso. Vou liberar aquela fronteira lá e deixar passar droga para São Paulo e Rio de Janeiro. Isso não é bom para ninguém, nem para Mato Grosso e nem para o Brasil. Preciso da ajuda do governo federal”, ainda reforçou, durante entrevista ao programa SBT Comunidade, nesta quarta-feira (24).
O governador disse que a equipe econômica do Governo, desde o início de seu mandato, está diminuindo despesas para sobrar recursos para investir nas áreas essenciais.
“Nós não estamos 'sentados em cima' de dinheiro e não querendo gastar. Aliás, eu falava isso do governo anterior, agora o problema é que não tomou as providencias necessárias para mudar a dura realidade que o Estado tem ao longo dos últimos anos”, disse Mendes.
Ele ainda ponderou que pegou o Estado com 50% das viaturas fora de circulação e que durante os três primeiros meses conseguiu recuperar parte do percentual. O governador afirmou que pretende fazer investimentos no setor da Segurança Pública, depender dos recursos em caixa.
O democrata anunciou no programa que mandou comprar fuzis para equipar as polícias da Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Ainda de acordo com o governador, o apoio do Governo Federal é fundamental para que seja possível ampliar a infraestrutura e melhorar as condições de trabalho de todos os policiais que atuam na região de fronteira.