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POLÍTICA Segunda-feira, 04 de Novembro de 2019, 18:00 - A | A

Segunda-feira, 04 de Novembro de 2019, 18h:00 - A | A

ELE PODE SER PAI, MÃE O QUE QUISER'

Mendes ironiza prefeito por paternidade do HMC e aponta licitação e recursos deixados para obra

Marisa Batalha - O Bom da Notícia

 

Foto: Gilberto Leite

MAURO MENDES E EMANUEL PINHEIRO

 

Ao rebater nesta segunda-feira(04), a declaração do prefeito Emanuel Pinheiro(MDB) - feita horas antes, em conversa com jornalistas -, de que ele seria 'o pai do novo Hospital Muncipal de Cuiabá' e que a unidade de saúde só será entregue 100%, no próximo dia 18 de novembro, graças a sua determinação e ao empenho de sua equipe, o governador Mauro Mendes(DEM) foi inciso ao afirmar que o prefeito emedebista pode assumir a paternidade da obra, pois sua preocupação é que ela seja entregue e com resultado à população.

 

Ao lembrar, contudo, que todo mundo sabe que foi ele que arranjou a área, onde hoje está instalado o novo Hospital Municipal de Cuiabá. E que foi em seu mandato como prefeito, que antecedeu à administração de Pinheiro, que o projeto foi feito e os recursos deixados em caixa para que a obra pudesse ser tocada.

Ora, arranjamos a área, fizemos a licitação, a ordem de serviço, arranjamos os recursos e a obra estava em andamento quando acabou o meu mandato

 

"Ora, arranjamos a área, fizemos a licitação, a ordem de serviço, arranjamos os recursos e a obra estava em andamento quando acabou o meu mandato. O difícil na administração pública foi o que fiz, arranjar os recursos e assinar o contrato, pois depois disto a eficiência passa a ser da empreiteira. Eu deixei, inclusive os recursos. Estavam lá consignados. Deixei lá grande parte pago e um convênio com o governo do Estado e depois Pedro Taques [gestor antecessor a Mauro] honrou.Tem é que inaugurar. Assim, não vejo sentido nesta disputa, pois ela é muito inócua. Disputar paternidade, tem que colocar para funcionar pois a população quer isso e não precisa ficar aí garganteando sobre quem fez ou não".

 

Revelando ainda que no devido tempo ele irá anunciar o que foi feio em Cuiabá e deixado em seu mandato como prefeito da Capital para a gestão de Emanuel Pinheiro. "Não vejo sentido nesta disputa, no seu devido tempo vamos anunciar o que fizemos. Mas não precisamos ficar fazendo isto de forma extemporânea. Nem, tampouco, precisamos ficar agora disputando paternidade" .

 

De acordo com o governador democrata, o necessário são ações que mudem a realidade como é o caso do Hospital Júlio Muller com obras paradas desde 2011. Ou ainda um hospital há 34 anos parado[ao se referir ao hospital central com obras paradas há mais de três décadas na capital]. E que esta seriam as reais preocupações de seu governo, que busca mudar este tipo de situação e não disputar paternidade de obras.

 

Nas declarações de Emanuel desta segunda, o prefeito ainda apontou que se não fosse sua gestão[a de Emanuel Pinheiro], o HMC seria um novo VLT. "Ia ficar uma obra licitada, marcada e abandonada. "Escolhi o caminho mais difícil, poucos gestores têm coragem de enfrentar. Porque sei a importância de avançar, e me comprometi de fazer um hospital de qualidade particular”.

 

Fim de decreto

 

E ao ser questionado quanto ao fim do Decreto de Calamidade Financeira que termina agora no dia 17 de novembro, o chefe do executivo estadual revelou que desde a data que ele instituiu o decreto até hoje, a realidade financeira de Mato Grosso teria melhorado substancialmente. Para Mendes, hoje já no final do ano, o governo não se encontra com o reequilibrio fiscal ideal, admitindo, contudo, que as as condições financeiras estariam muito melhores do que a de janeiro, quando assumiu o comando do Palácio Paiaguás.

 

Apontando a quitação de algumas dívidas como o 13º salário de 2018 e que também não haveria mais tantos fornecedores em atraso no governo, mostrando que a gestão estaria aí caminhando melhor. Entretanto, o decreto estaria sob análise, por que existiriam ainda alguns aspectos de difícil entendimento, mostrando a complexidade da  situação, assim,  exigindo que a equipe econômica estude sobre a pertinência de continuar sob a sua vigência. Se o decreto se justifica ou não. Se haveria razoabilidade ou não para uma postergação do estado de estado de calamidade financeira. Voltando a admitir que, entretanto, que Mato Grosso seguramente estaria muito melhor do que em janeiro, quando assumiu o governo.

 

O Decreto

 

Em janeiro foi decretada situação de calamidade financeira no âmbito da administração do Estado, sob a justificativa que o endividamento do Tesouro Estadual teria superado a cifra de R$ 2 bilhões de restos a pagar e não teria disponibilidade financeira para a sua quitação.

 

O decreto evitou que o Estado, que estava a um passo de perder sua capacidade em manter os serviços públicos ao cidadão, superasse as dificuldades. 

 

Em julho, Mendes prorrogou o decreto, que previa uma série de medidas de controle, reavaliação e contenção de todas as despesas públicas efetivadas no âmbito do Poder Executivo, com o objetivo de reequilibrar as finanças do Estado. A prorrogação foi publicada em edição extra do Diário Oficial que circulou no dia 17 de julho. Como o primeiro possuia validade de seis meses, ele foi prorrogado por mais 120 dias.