Nesta sexta-feira (19), profissionais da Educação estadual - em greve já há quase dois meses -, cobraram do governador Mauro Mendes (DEM), respostas às reivindicações da categoria durante protesto em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá).
O chefe do Executivo estadual realizava visita técnica a pontos turísticos do município, quando foi surpreendido e hostilizado por um grupo de grevistas, que fecharam cerco contra o gestor democrata, nas ruas da cidade. Usando palavras de ordem, dentre elas as mais repetidas dizia: 'O que finaliza greve é proposta!” e “a greve continua”.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), a pressão feita pelos manifestantes irritou a comitiva, que com cotoveladas tentaram afastar o dirigente sindical para fora do perímetro, onde estavam caminhando.
“Comparar o salário dos professores do estado, aos daqueles recebido pela maioria na iniciativa privada é um discurso raso [...] Diferente dos empresário donos de escola, a educação pública não visa lucro, muito antes é um direito social e para isso necessita de investimento e valorização”, disse Eduardo Vinícius.
Os servidores da Educação reivindicam o cumprimento da Lei 510/2013, que trata sobre aumento salarial, pagamento dos salários cortados durante o período de greve e além disso, o pagamento da RGA. Em contrapartida, o governador Mauro Mendes vêm reafirmando que não pode conceder o aumento para não ultrapassar o teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 49%.
No início do mês, os professores foram às ruas para vender balas nos sinaleiros de Cuiabá e pediram doações, numa clara resposta à queda-de-braço com governador Mauro Mendes, que vem fazendo os cortes salariais, até mesmo dos servidores que estão de licença para tratamento de saúde.
Na quarta-feira (17), os profissionais se concentrarão em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT), para pedir alimentos e doações. Com o slogan “Alimente quem te alimenta de conhecimento”, os professores pediram às pessoas alimentos não perecíveis como forma de contribuir com a manutenção de seus lares.
Já o chefe do Executivo estadual, Mauro Mendes, se mantém irredutível na posição de que o Estado estaria impedido, legalmente, de conceder o aumento salarial dos profissionais da Educação Pública.
Segundo o Governo, é essencial o retorno aos limites de gastos com pessoal de acordo com o que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, 49%, para que seja possível que os reajustes possam ser novamente concedidos. Atualmente o Estado está estourado em 59%.