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POLÍTICA Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2019, 16:50 - A | A

Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2019, 16h:50 - A | A

"DANÇOU"

MP questiona Maluf no TCE e Avalone perde a chance de vaga na AL

Alexandra Freire / O Bom da Notícia

Com o pedido de anulação da indicação de Guilherme Maluf (PSDB) ao Tribunal de Contas do Estado cai por terra as chances do empresário e ex-secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Carlos Avalone (PSDB) assumir a vaga do tucano.

 

Conforme informações do site do Tribunal Superior Eleitoral, nas últimas eleições, Avalone conquistou 14.263. Desde 2007, o ex-secretário aparece apenas como suplente de deputado. Ano passado assumiu o lugar de Wilson Santos (PSDB), quando o parlamentar foi para a secretaria de Estado de Cidades.

 

O MP questiona o fato de Maluf figurar no Judiciário como réu, após denúncia oferecida pelo órgão de que estaria ligado a desvios na Secretaria de Estado de Educação.

Em sua delação premiada, o ex-governador Silval Barbosa afirma que os irmãos de Avalone repassavam cheque sem fundo para pagamento de propina.

 

Maluf se tornou réu na ação relativa à operação Rêmora, que apura as fraudes. O deputado tucano é acusado por corrupção passiva, organização criminosa e embaraço às investigações relativas as fraudes em obras de escolas e reformas no Estado. O relator do processo é o desembargador Rondon Bassil Dower Filho. E figura - de acordo com a Procuradoria Geral da república, como um dos parlamentares de Mato Grosso, ligados à Operação Ararath.

 

Na notificação, o promotor Clóvis de Almeida faz uma série de observações a respeito do processo de escolha. Ele cita, inclusive, que embora tenha sido o mais votado pelo Colégio de Líderes – em sessão na noite de ontem – Maluf “teve sua candidatura deferida e documentação indevidamente aprovada pela CCJ”.

 

Avallone também é investigado, só que na Operação Ararath. Segundo consta, durante a Operação Malebolge - 12ª fase da Ararath - em 2017, a Polícia Federal encontrou vários documentos que revelaram vários repasses feitos pelo gabinete do ex-governador Silval Barbosa à empreiteira Três Irmão, da família de Avallone.

 

Tal propina era derivada de contratos do programa “MT Integrado”. Estima-se que Avalone teria entregue cerca de R$ 2 milhões em cheques ao ex-governador Silval Barbosa de propina do “retorno” dos contratos das obras.