Sábado, 27 de Abril de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 18 de Junho de 2019, 16:09 - A | A

Terça-feira, 18 de Junho de 2019, 16h:09 - A | A

PODERES DESALINHADOS

Pinheiro alfineta Mendes e diz que decisão sobre VLT tem que passar por ele; “Cuiabá tem prefeito”

Ana Adélia Jácomo

Após o Governo do Estado considerar como “correta” a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que manteve a rescisão do contrato do Estado com o Consórcio VLT, e ter pedido prazo de 30 dias para anunciar os próximos passos e o destino do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, reagiu mal às declarações nesta terça-feira (18).

 

Pinheiro demonstrou que há falta de diálogo entre ele o governador Mauro Mendes (DEM), e chegou a mandar um recado pela imprensa ao chefe do Executivo ao afirmar que seu primeiro decreto, enquanto prefeito, foi justamente sobre a obrigatoriedade de toda e qualquer obra na cidade precisar passar pelo crivo da Prefeitura de Cuiabá. 

 

“A prefeitura de Cuiabá precisar ser ouvida. Primeiro, assinei um decreto que nada se faz sem autorização da prefeitura. Como eu já disse antes, Cuiabá não é terra de ninguém. Aqui tem prefeito, tem gestão, tem uma equipe técnica extraordinária, e a prefeitura tem que ser ouvida”. 

 

“Da mesma forma que um particular precisa de autorização da prefeitura, o governo estadual ou governo federal, se quiserem fazer obra em Cuiabá, é muito bem-vinda, mas que passe pelo crivo e análise técnica da Prefeitura de Cuiabá”, disse ele. 

 

Pinheiro fez as declarações nesta terça, durante lançamento da ordem de serviço do novo viaduto Juca do Guaraná, localizado na Avenida dos Torres.  Mendes garantiu que cumprirá sua promessa de campanha e ainda neste ano apresentará uma solução para a polêmica obra do VLT. Todavia, ele observa que o assunto é “extremamente delicado”, aponta uma série de imbróglios judiciais que impedem uma possível continuidade da obra. Até o momento, a construção do modal já sugou mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos. 

 

“O governador pediu um prazo de 30 dias, então está dentro do prazo. Vamos aguardar para daí podermos avançar nas conversas, mas não existe a menor possibilidade de tomar uma decisão sem ouvir a prefeitura de Cuiabá. A prefeitura precisa participar ativamente, e até mesmo das decisões políticas, até porque o impacto é direto na vida de milhares de cuiabanos”, disparou o prefeito.