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POLÍTICA Terça-feira, 12 de Novembro de 2019, 11:40 - A | A

Terça-feira, 12 de Novembro de 2019, 11h:40 - A | A

CONTAGEM REGRESSIVA

Pinheiro marca agenda com prefeitos pois teme que municípios sobrecarreguem novo HMC

O Bom da Notícia

A poucos dias da inauguração do Hospital Municípal Dr. Leony Alma de Carvalho, após as inaugurações realizadas por etapas da unidade hospitalar, a quinta e última etapa será entregue na próxima segunda-feira(18), pelo prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB). A entrega do HMC 100% pronta, no entanto, preocupa o gestor por conta de uma possível 'enxurrada' de doentes vindos do interior de Mato Grosso.

 

Temendo a superlotação, Pinheiro aproveita o encontro que será  realizado na capital pela  Associação Mato-grossense dos Municípios, nos dias 18 e 19, quando grande parte dos prefeito de Mato Grosso estará em Cuiabá, para um evento municipalista e conversar com os gestores dos municípios do Estado. Como o evento vai estar ocorrendo no auditório da instituição, ele agendou visita ao HMC à tarde, antes da inauguração que será realizada às 18 horas.

 

O emedebista teme que apesar dos 315 leitos e capacidade para 35 mil atendimentos mensalmente, a nova unidade se transforme, em curto espaço de tempo, em escoadouro de pacientes vindos do interior. Assim, Pinheiro, ao mostrar a nova unidade aos prefeitos, aproveita para orienta-los sobre as regras da unidade hospitalar quanto emergência e urgência e ainda como deverá funcionar as internações.

 

"A situação é preocupante, uma vez que, atualmente, cerca de 60% dos internados são de outras cidades e até mesmo de fora do país [...] temos que nos precaver, uma vez que os prefeitos vão ver esta unidade nova, bonita e vão querer trazer tudo quanto é paciente para cá", comentou Pinheiro em conversa com jornalistas na semana passada.

 

Porem, não existe forma de impedir a entrada dos pacientes, uma vez que a unidade faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS), mas ele quer ao menos explicar como funcionam os protocolos de atendimento, bem como o papel das demais unidades, como as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs).

 

Segundo a Secretaria de Saúde, o HMC deve consumir R$ 12 milhões por mês, o mesmo valor consumido pelo atual PS. Recursos que sairão dos cofres da Prefeitura. O Governo do Estado ainda não sinalizou se irá contribuir com alguma coisa.

 

A inauguração do novo Hospital Municipal de Cuiabá ocorrerá na próxima segunda-feira (18). A solenidade contará com a presença do ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, do presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi e de lideranças políticas estaduais.

 

O novo hospital tem 315 leitos, sendo 178 de adultos, 20 leitos no Centro de Tratamento de Queimados, 60 de UTI, 38 de Emergência, seis salas de cirurgia e 13 leitos RPA (recuperação pós-anestesia).

 

As obras do HMC começaram em 2015, durante a gestão de Mauro Mendes. A unidade foi inaugurada em dezembro de 2018, após ser incluído no programa do ex-presidente Michel Temer (MDB), o “Chave de Ouro”.

 

A época, a Prefeitura recebeu R$ 100 milhões para compra de equipamentos e outros custeios, desde então, a conclusão foram inauguradas em etapas.

 

Antigo PS

 

Em recente entrevista ao site O Bom da Notícia, o prefeito emedebista Emanuel Pinheiro reiterou sua disposiçao de iniciar as obras de reforma do Pronto Socorro. As obras terão duração de 24 meses, com orçamento de R$ 35 milhões. O financiamento deve vir de Brasília.

 

Assegurando que a unidade que não passa por uma reestruturação arquitetônica, de fato, há pelo menos 30 anos, já conta com recursos e que a unidade hospitalar deverá ser transformada no Hospital da Família (H-FAM).

 

Os investimentos, de acordo com o gestor emedebista, já teriam sido garantidos pelo deputado petebista Emanuelzinho Neto e pelo senador democrata Jayme Campos. Um aporte de R18 milhões para o custeio da obra.

 

"Como a obra, em princípio, está orçada em R$35 milhões, os primeiros R$ 18 milhões já foram garantidos, os outros R$ 17 milhões virão da bancada, por meio dos deputados e senadores com quem tenho um belo relacionamento e que nunca faltaram à Cuiabá. E já tô contando, por meio das emendas parlamentares com pelo menos 1,7 milhão de cada um dos 11 membros, obviamente contando com os oitos deputados federais e os nossos três senadores da República”, afirmou o prefeito. Pontuando ainda que a reforma do H-FAM deve durar em torno de um ano e meio.

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