Domingo, 19 de Maio de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 07 de Janeiro de 2020, 13:17 - A | A

Terça-feira, 07 de Janeiro de 2020, 13h:17 - A | A

'NÃO É CONTRA A PREFEITURA'

Prefeito desclassifica paralisação como política, mas assegura que não há pendência salarial com médicos

Marisa Batalha/ O Bom da Notícia

(Foto: WhastApp/Rafael Medeiros)

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Nesta terça-feira (07), o prefeito emedebista Emanuel Pinheiro ressaltou, em conversa com jornalistas, que sua gestão estaria rigorosamente em dia com os salários dos profissionais de saúde, mas que respeita a categoria, que abriu o ano de 2020, já com um indicativo de paralisação das atividades.

 

Com posicionamento bem diferente de seu secretário de Saúde, Luiz Antonio Pôssas de Carvalho, o prefeito emedebista descartou que a greve tenha uma motivação política, em particular, contra a sua gestão. Ao lembrar que os médicos estariam realizando uma assembleia, mirando reivindicações dentro de uma agenda estadual, ou seja, sem um caráter de greve por conta de pendências com a Prefeitura de Cuiabá.

 

Com posicionamento bem diferente de seu secretário de Saúde, Luiz Antonio Pôssas de Carvalho, o prefeito emedebista descartou que a greve tenha uma motivação política, em particular, contra a sua gestão.

A declaração de Pinheiro foi dada no lançamento do Programa de Assistência Médica e Odontológica Rural [Amor], realizado na manhã de hoje, na Praça Alencastro.

 

E mesmo fazendo questão de frisar que não vê motivos para a deflagração de uma greve, neste momento, pelos profissionais de saúde, Pinheiro revelou que respeita o movimento e que não teria sido ainda procurado pela categoria para discutir pontualmente as exigências da categoria.

 

"Os profissionais de saúde abriram o ano anunciando uma possível paralisação tanto em nível estadual como municipal. Ou seja, a decisão do movimento não mira só Cuiabá. Mas posso garantir, da minha parte, que não existe salário atrasado. Está tudo pago, inclusivamente, foi quitado o 13º salário, integralmente. O que existe é uma discussão sobre a verba de insalubridade que mandei realizar uma auditoria, que é do meu direito como gestor. Mas o que for de direito da categoria estamos dispostos a discutir. Não posso, entretanto, comprometer a gestão quando há um levantamento apontando alguns pagamentos dobrados, estes estão sendo analisados. Somente isto".

 

O prefeito ainda apontou o desligamento recente de 13 funcionário no Hospital Municipal de Cuiabá [HMC], como um ato administrativo normal, após a descoberta de que estariam realizando um atendimento ruim e ainda boicotando o trabalho na unidade. Chegando propositalmente, alguns deles, a entupirem alguns vasos sanitários no hospital.

 

"Só faltaram jogar travesseiro em um vaso no centro cirúrgico [...] Assim, estamos desligando aqueles que não querem realizar um trabalho comprometido com a população carente. Esta é uma decisão minha e avisei ao secretário Pôssas de Carvalho, no atendimento da Secundária, com na parte da Empresa Cuiabana de Saúde, para que não dê vida fácil para quem não atende bem à população SUS. Mas está tudo correndo, como previsto, dentro da análise que prometemos fazer dos primeiros 100 dias do funcionamento do HMC [...] Já que estou exigindo qualidade e humanização nestes atendimentos".