Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 15 de Março de 2019, 15:28 - A | A

Sexta-feira, 15 de Março de 2019, 15h:28 - A | A

CAIXA 2

Selma pede para refazer alegações finais no processo de cassação no TRE

O Bom da Notícia

A senadora Selma Arruda (PSL) por meio de seu ex-advogado, Diogo Sachs, solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral um novo prazo para suas alegações finais. Selma está sendo investigada em uma ação na Justiça que investiga que pode cassar seu mandato.

Em pedido protocolado nesta quinta (14), a defesa requereu que “seja reaberto o prazo para alegações finais de todas as partes da relação processual, por conta da nulidade noticiada, assinando prazo de 2 (dois) dias efetivamente comum a todos", diz trecho do documento.

 

Ainda de acordo com o documento, o Ministério Público Eleitoral, que também é parte nesta relação processual (litisconsorte ativo), não apresentou suas alegações finais no dia 14 de fevereiro de 2019.

 

"Ou seja, atuou com privilégio processual indevido o Senhor Procurador Regional Eleitoral", diz trecho do pedido. Tal fato, para a defesa, é considerado "tréplica não prevista na legislação aplicável à espécie", diz a defesa.

Diogo Sachs também comunicou que o desembargador Pedro Sakamoto é quem vai decidir se concede um novo prazo ou não para alegações finais.

Ou seja, atuou com privilégio processual indevido o Senhor Procurador Regional Eleitoral

 

Entenda

 

O Ministério Público Eleitoral requereu no final de fevereiro, por meio da Procuradoria Regional Eleitoral, ao Tribunal Regional Eleitoral a cassação da diplomação da senadora Selma Arruda, que foi eleita pela Coligação "Segue em Frente Mato Grosso", e de seus suplentes. Além da perda do mandato, o MP pediu ainda a aplicação de sanção de inelegibilidade e, como consequência, que sejam realizadas novas eleições para o preenchimento de uma vaga de senador em Mato Grosso.

 

De acordo com a investigação da Procuradoria Regional Eleitoral, integrantes da chapa de Selma Arruda abusaram de poder econômico, assim como praticaram caixa 2 de campanha ao contraírem despesas de natureza tipicamente eleitoral, no valor de R$ 1.246 milhão, quitadas com recursos de origem clandestina.


O MP eleitoral também requereu novas eleições para o cargo. E por conta disso tem muita gente já de olho na vaga. Caso Selma seja condenada por caixa dois, rumores dão conta que os dois ex-senadores e ex-governadores, Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PSDB), devem concorrer no pleito suplementar.

Correndo por fora surgem nomes do deputado federal do Podemos, José Medeiros e de Rodrigo Rodrigues, empresário, jornalista e ex-secretário de Saúde Indígena, ligado ao Ministério da Saúde.