O senador Wellington Fagundes (PL) voltou a defender que a Ferronorte passe por Cuiabá e siga até a região norte do Estado. Segundo ele, a ferrovia de Mato Grosso é ligada a malha paulista e seria necessário a prorrogação do contrato para que haja investimentos nas ferrovias de São Paulo, para que depois possam avançar nas tratativas sobre extensão dos trilhos no Estado.
O senador disse que a ferrovia é moderna e que os trens andam em até 80 km por hora. Diferente de São Paulo, que segundo ele, a média é em torno de 16 km por hora devido a estrangulamentos, travessias urbanas e pontos que precisam de modernização.
“Hoje, 100% da capacidade do transporte da ferrovia está tomada. Não tem como ampliar. Então, nós estamos trabalhando de forma conjunta, ou seja, ampliando em São Paulo para que a gente possa fazer a concessão chegar até Cuiabá e depois até o Nortão. Nós estamos lutando para fazer as duas coisas ao mesmo tempo”, disse ele, durante o lançamento da terceira etapa do Hospital Municipal de Cuiabá, nesta sexta-feira (31).
A Ferronorte liga a região Sul de Mato Grosso ao Porto de Santos, em São Paulo. Há anos existem discussões para que os trilhos do empreendimento cheguem até a Capital para facilitar o escoamento de grãos produzidos no Estado.
Sobre a possibilidade da Ferrogrão sair antes da chegada do Ferronorte à Cuiabá, Wellington respondeu que é impossível fazer essa previsão. Ele citou que a Ferrogrão tem dificuldade ambientais muito maiores do que da ferrovia de Rondonópolis a Cuiabá.
“Aqui já tem uma concessionária que tem capacidade de investimentos. Lá, ainda não existe essa concessão. Não está definido. Então, nem sabemos quando o Governo vai colocar em licitação ou quem será o concessionário. Eu acredito que, se resolver o problema da malha paulista, nós teremos muito mais facilidade aqui”, finalizou.