Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sábado, 06 de Julho de 2019, 12:07 - A | A

Sábado, 06 de Julho de 2019, 12h:07 - A | A

OPERAÇÃO SANGRIA

Vereador pede que senadora articule em Brasília aceleração das investigações na Saúde

Ana Adélia Jácomo

Oposição na Câmara de Vereadores de Cuiabá, Abílio Júnior (PSC) esteve, na tarde desta sexta-feira (5), reunido com a senadora por Mato Grosso, Selma Arruda (PSL), em seu gabinete na capital.

 

Segundo Abílio, o encontro tratou sobre assuntos como a gestão de recursos federais à Saúde municipal e do andamento das investigações da Polícia Federal na Operação Sangria, que apura esquema de fraude em licitações e contratos no Estado e no município, no ano de 2018. 

 

As denúncias dão conta de que recursos federais foram desviados da Saúde para financiamento de campanhas políticas do ano passado, inclusive a delação premiada feita pelo ex-secretário da Saúde Huark Douglas Correia, deu conta de que R$ 14 milhões, apreendidos em um motel da capital, teriam sido desviados e escondidos para financiar a campanha política de um deputado federal.

 

“Percebemos que a operação está parada e fomos pedir para que ela pudesse intervir na Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal e Polícia Federal, para que deem prosseguimento nas investigações”. 

 

Abílio também afirmou que pediu ajuda da senadora para que sejam investigadas algumas obras na área da Saúde que estão paralisadas, mas que receberam recursos federais. 

Percebemos que a operação está parada e fomos pedir para que ela pudesse intervir na Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal e Polícia Federal

 

“Falamos da nossa dificuldade de fiscalizar, já que a prefeitura entrou na Justiça e proibiu a gente de fiscalizar os órgãos públicos no local, apenas através de requerimentos. Esses problemas precisam ser investigados com mais celeridade”. 

 

OPERAÇÃO SANGRIA 

 

Denúncias dão conta de desvios foram feitos em recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). 

 

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE) Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luís Alves Souza, Fábio Alex Taques Figueiredo, Flávio Alexandre Taques da Silva, e Kedna Iracema Fontenele Servo Gouvea atuavam como uma organização criminosa e causaram dano ao erário de terceiros e de usuários do SUS. 

 

O grupo tinha contrato de prestação de serviço com o Estado de Mato Grosso e com municípios. Os investigados eram trabalhadores do SUS ao mesmo tempo em que eram sócios ocultos das empresas investigadas, Proclin, Qualycare e a Prox Participações.

 

A reportagem não conseguiu contato telefônico com a senadora Selma Arruda.