Um pastor especialista em direito é um dos 100 cristãos presos pelas autoridades da China por suspeita de "incitar subversão contra o poder do Estado". As informações foram divulgadas pela rede de notícias americana CNN nesta segunda-feira (17).
O pastor de nome Wang Yi e sua esposa, Jiang Rong, foram detidos no início da semana passada na cidade de Chengdu, no sudoeste chinês — onde o casal administra uma igreja de nome Early Rain Covenant Church, segundo a organização americana ChinaAid, que auxilia comunidades cristãs na China. Um paroquiano local confirmou a prisão de Wang à CNN.
Entidades ocidentais condenaram a prisão em massa de missionários da Early Rain Covenant Church, denunciando a escalada na repressão de Pequim contra práticas religiosas independentes.
A polícia chinesa acusa a Early Rain Covenant Church de operar sem registro. Assim como todos os países comunistas da antiga União Soviética, a China é considerada um Estado ateu — o governo permite um grau limitado de liberdade religiosa a organizações aprovadas pelas autoridades.
Perseguição aos cristãos
A organização Open Doors, que acompanha a situação de cristãos perseguidos pelo mundo, classifica a China como o 43º pior país para ser cristão em uma lista de 50.
Em relatório divulgado em 2018, a entidade reforça que "o presidente Xi Jinping continua a consolidar seu poder de forma agressiva eliminando todos aqueles que não são leais a ele e ampliando o alcance do partido em todas as áreas da sociedade. (...) Seu objetivo de manter o poder inclui a necessidade de controlar todas as religiões, especialmente a minoria cristã que cresce bastante".