Exames feitos pelo Instituto Médico Legal (IML) devem esclarecer as causas da morte da criança de 1 ano e 5 meses, que morreu após passar mal em uma creche municipal de Cuiabá. O caso que já está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), aponta que a criança pode ter morrido em decorrência de negligência, uma vez que quando levada a unidade de saúde pública não recebeu tratamento adequado por falta de um suporte de equipamento de uso infantil. As informações constam no relatório produzido pela equipe médica encaminhada a Polícia Judiciária Civil.
Conforme o prontuário, a bebê identificada como M.N.M, sofreu 10 paradas cardiorrespiratórias na tarde do último dia 5 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Morada do Ouro. Médicos e enfermeiros agiram em conjunto em processo de reanimação, porém a paciente não resistiu e veio a óbito, cerca de 2 horas depois de dar entrada na unidade hospitalar.
Devido as circunstâncias da morte e com base no documento preliminar, o caso que trata de uma menor foi designado para a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), sob os cuidados da delegada Jannira Laranjeira, que já informou sobre a abertura de um inquérito policial. As investigações devem apurar também a hipótese de morte natural, em razão do apontamento de ataque epilético.
Entretanto, quando contatada, a família da menina desmentiu a existência do suposto problema de saúde por razões claras, já que nunca apresentou sintomas tampouco sinais de epilepsia. A mãe que não quis se identificar não se conforma como a forma que a filha morreu. Ela alega ter deixado a criança em perfeito estado de saúde na creche e não tem ideia do que teria acontecido depois.
A polícia também aguardará os laudos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), para dar um respaldo do caso. Este será embasado junto ao inquérito e esclarecer a real causa da morte.
Marília estudava na creche municipal Wilmon Ferreira de Souza, situada no Bairro Três Barras, na capital. A reportagem tentou buscar a direção da instituição para saber a situação da aluna no dia do fato, porém, sem sucesso. (Com informações Silvana Ribas, A Gazeta)