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CIDADES Quinta-feira, 27 de Julho de 2023, 13:13 - A | A

Quinta-feira, 27 de Julho de 2023, 13h:13 - A | A

DIZ TENENTE-CORONEL EMIRELLA

'Patrulha Maria Penha tem 97% de efetividade e monitora relacionamentos heteros e homoafetivos'

Evelyn Souza/ Marisa Batalha/O Bom da Notícia

Em entrevista ao Cast do Bom do site O Bom da Notícia nesta última terça-feira (25), a tenente-coronel Emirella Martins - que comanda em Mato Grosso o programa de Policiamento Patrulha Maria da Penha -, asseverou que basicamente existe pouquíssima diferença entre o monitoramento e o acolhimento realizado pela Patrulha. 

Ao ainda apontar que nestes três anos da Patrulha, comemorado no último dia 21 de julho, é motivo de orgulho o índice de efetividade do programa na proteção da mulher, que atualmente chega a 97%. Lembrando que, em 2022, pelo menos 4.525 mulheres foram acolhidas nas 32 cidades em que atuam, ainda que a abrangência destas ações cheguem a quase 70 municípios.

“Basicamente não existem diferenças entre o monitoramento e o acolhimento, claro, sob o olhar do policiamento, e da qualidade da ação e atendimento. Porque o acolhimento é a inclusão da mulher no programa e o monitoramento são as visitas que fazemos regularmente para ver se as medidas protetivas de urgência estão sendo cumpridas. Em 2022, foram 4.525 mulheres acolhidas e com um índice de 97% de efetividade na proteção da mulher", explicou 

Ainda de acordo com a tenente-coronel Emirella Martins, a Patrulha monitora, em Mato Grosso, não só os relacionamentos heterossexuais. Mas abrange, igualmente, relacionamentos homoafetivos, claro, desde que sejam casais que se identificam pelo gênero feminino.

“Monitoramos para além das medidas protetivas em relacionais heterossexuais, igualmente, relacionamentos homoafetivos. Porém, sob a perspetiva do gênero feminino, em outras palavras apenas em relacionamentos entre mulheres”, disse 

Na última sexta-feira (21), a Patrulha Maria da Penha completou três anos de sua implantação no Estado. A ação tem como base o atendimento de medidas protetivas de urgência decretadas pela Justiça. Mas a Patrulha atua não só em parceria com o Poder Judiciário, mas ainda com o Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Judiciária Civil e vários coletivos e instituições que construíram, no estado, uma rede de proteção à mulheres vítimas de violência.

Atualmente, são atendidas pela Patrulha 32 cidades de Mato Grosso, dentre eles estão Cuiabá, Santo Antônio do Leverger, Chapada dos Guimarães, Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento, Sinop, Sorriso, Rondonópolis, Jaciara, Alto Araguaia, Barra do Garças, Pontal do Araguaia, General Carneiro, Primavera do Leste, Ribeirãozinho, Torixoréu, Novo São Joaquim, Cáceres, Tangará da Serra, Juína, Juara, Alta Floresta, Primavera do Leste, Comodoro, Pontes e Lacerda e Querência - mais os distritos de: Indianópolis, Vale dos Sonhos e Itaquerê.

Na capital mato-grossense, como em outros municípios do Estado, a Polícia Militar acompanha e monitora de perto aquelas mulheres que já sofreram algum tipo de agressão, seja verbal, física ou até ameaças de homens com os quais mantinham algum tipo de relacionamento íntimo e de confiança.

Veja a entrevista na íntegra