O feminicídio da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, completa dois anos nesta quarta-feira (13). O caso, que ganhou grande repercussão em Mato Grosso, entra na reta final do processo criminal com o júri popular do acusado marcado para o dia 25 de setembro.
Cristiane foi encontrada morta dentro do próprio carro, no estacionamento Parque das Águas, na madrugada de 13 de agosto de 2023. Segundo as investigações, ela foi espancada, estuprada e asfixiada na casa do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos. Após a morte, o acusado teria tentado ocultar provas, limpando o local e abandonando o corpo da vítima dentro do veículo.
Almir foi incidiado pela polícia por feminicídio qualificado, estupro, ocultação de cadáver e fraude processual. A defesa tentou anular a pronúncia alegando que ele sofreria de transtorno mental, mas um laudo pericial apontou que o ex-PM tinha plena consciência dos seus atos no momento do crime. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão para que ele seja julgado pelo Tribunal do Júri.
A família de Cristiane acompanha de perto o andamento do processo e afirma confiar na Justiça para que o réu seja responsabilizado.
O julgamento está marcado às 9h, no Fórum da Capital e deve contar com forte mobilização social e acompanhamento de entidades ligadas aos direitos das mulheres.