(Foto: Ilustração)
A adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, morta no dia 12 de julho, com um tiro no rosto disparado pela amiga B.O.C. - da mesma idade -, no condomínio Alphaville, em Cuiabá, voltou a ser tema de uma longa reportagem neste último domingo(6), no Fantástico, programa da Rede Globo de Televisão de maior audiência no país, dentre as tevês abertas.
Desta vez a reportagem mirou as últimas horas de Isabele, obviamente, retomando todo o caso. Contudo, pelo recorte do último percurso da menina, por meio de gravações feitas pela câmera de segurança, bem de frente da casa da família Cestari. Assim, as imagens reportam a chegada da adolescente a casa da amiga às 16:41, narrando o último domingo de Isabele, ao apontar que ela teria passado a tarde e a noite com a amiga.
Desta vez a reportagem mirou as últimas horas de Isabele, obviamente, retomando todo o caso. Contudo, pelo recorte do último percurso da menina, por meio de gravações feitas pela câmera de segurança, bem de frente da casa da família Cestari.
Retomando as conclusões da perícia polícial, em inquérito já divulgado pelo delegado Wagner Bassi, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), responsável pelo caso, até a hora de sua morte, por volta das 22h.
Com um farto material pericial, que mostra as posições da B.O.C. e ainda sobre todas as possibilidades ocorridas naquele domingo[12], para que a atiradora acertasse, em cheio, o rosto da adolescente.
Além de um diagnóstico policial apurado sobre o crime, que aponta para menina atiradora [uma intenção, crime doloso], ao lhe dar a responsabilidade dos riscos de apontar a arma para a vítima. Pois de acordo com o delegado Wagner Bassi, a garota treinava tiro com o pai e tinha conhecimento técnico sobre o manuseio da arma.
Em uma das várias entrevistas do delegado, ele diz que "a adolescente era treinada, capacitada. Quando fazemos treinamento de tiro, antes de pegar na arma, aprendemos uma situação que chama segurança. Aprendemos a desmuniciar e olhar se a arma está carregada. Ela tinha capacitação de segurança".
(Foto: Ilustração)
Assim, para ele, o mínimo que B.O.C. deveria ter considerado eram os riscos, ao manusear a arma carregada dentro de um banheiro, perto do rosto da amiga. Desta forma, assumiu o risco de causar a morte de Isabele.
Além de mais uma nova entrevista com a mãe de Isabelle, Patrícia Ramos, que assevera que as conclusões policiais poderão fazer justiça ao assassinato, ainda que isto 'não vá aplacar a dor pela perda da filha'.
"[...]Minha filha não tá aqui mais. Ela teve os sonhos dela interrompidos. Naquele dia ela recebeu um tiro na cabeça. Ela tinha toda uma vida pela frente. Era uma garotinha brilhante [...] agora não poderá mais realizar os sonhos dela".
A matéria global também foi respaldada em conversa com o advogado Hélio Nishiyama, que realiza a defesa da família da menor morta.
Investigação
A morte de Isabelle - que ganhou uma imensa repercussão dentro e fora do Estado -, resultou no indiciamento do pai da atiradora, Marcelo Cestari, pelos crimes de homicídio culposo, posse ilegal de arma de fogo, entregar a arma adolescente e fraude processual.
Já B.O.C. poderá responder por ato infracional análogo a homicídio doloso [quando há intenção de matar].
E ainda do adolescente de 16 anos, namorado da suspeita, que levou armas à Casa dos Cestari, incluindo a que foi usada no disparo contra Isabele, deverá responder por ato infracional análogo a porte ilegal de arma de fogo.
Veja a reportagem do Fantástico abaixo