Terça-feira, 02 de Setembro de 2025

POLÍCIA Terça-feira, 02 de Setembro de 2025, 15:29 - A | A

Terça-feira, 02 de Setembro de 2025, 15h:29 - A | A

OPERAÇÃO CONDUCTOR

Advogado de VG é investigado por comandar esquema de tráfico que movimentou R$ 100 milhões

Cris Mattos - O Bom da Notícia

O advogado Douglas Antonio Gonçalves de Almeida, de Várzea Grande, foi um dos alvos da Operação Conductor, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (2), contra um grupo criminoso acusado de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Além dele, também são investigadas sua esposa, mãe, irmã e cunhada.

A ação foi coordenada pela Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) de Cáceres, com o cumprimento de 95 ordens judiciais em Mato Grosso, Maranhão e Pernambuco. Foram cumprios 16 mandados de prisão preventiva, 35 de busca e apreensão, além de bloqueios de valores e sequestros de veículos.

Segundo a investigação, o grupo atuava tanto na fronteira de Mato Grosso quanto na região metropolitana de Cuiabá. Em pouco mais de quatro meses, teria recebido mais de duas toneladas de drogas, armas de fogo e munições, movimentando aproximadamente R$ 100 milhões.

O esquema foi descoberto após a prisão, em abril de 2024, de um homem de 31 anos pela Polícia Rodoviária Federal em Cáceres. Ele transportava 153,8 kg de cocaína em um veículo que simulava ser utilizado para transporte de passageiros. A partir desse flagrante, a Polícia Civil iniciou um trabalho de mais de um ano até identificar a estrutura da organização criminosa, formada por pelo menos 31 pessoas físicas e oito empresas.

De acordo com a delegada Bruna Laet, responsável pela investigação, o grupo alugava casas de médio padrão em Várzea Grande para armazenar drogas e armas, e fazia entregas em supermercados e terminais de ônibus. 

“Durante cerca de quatro meses, o grupo recebeu um carregamento por semana. O valor estimado da droga recebida nesse período é de R$ 45 milhões, que corresponde ao montante bloqueado dos investigados”, explicou.

A droga era distribuída para o consumo local e também enviada para outros estados do país. O trabalho investigativo contou com apoio da Receita Federal, da Politec e do Ministério Público, além de decisões rápidas do Poder Judiciário, que possibilitaram o avanço da operação.