Uma mãe suspeita de tortura praticada contra o filho de apenas dois anos de idade foi presa em flagrante pela Polícia Civil, na sexta-feira (9.5), em ação realizada pela equipe da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande (DEDMCI) com apoio do Conselho Tutelar.
A prisão ocorreu após os policiais da DEDMCI receberem informações de que uma criança havia dado entrada no Pronto Socorro de Várzea Grande com uma fratura no braço e que mesmo diante da grave lesão, a mãe continuava agredindo o filho com tapas, beliscões e retirada do acesso venoso de medicamentos.
Segundo informações do Conselho Tutelar, as agressões ocorreram em Santo Antônio de Leverger, onde o menor e a mãe residem com outros familiares. A criança estava com o braço machucado há sete dias, sendo relatado pela mãe que o filho havia "somente" sofrido uma queda doméstica, porém ela não o levou ao hospital por ser feriado na data dos fatos e ainda mandou a criança para escola com uma blusa de frio.
Na escola, a criança ficou chorando de dor, momento em que perceberam o braço inchado e acionaram o Conselho Tutelar, que obrigou a mãe a levar o filho ao hospital, sendo contatada a necessidade de cirurgia. Além do braço lesionado, a criança apresentava vários outros hematomas como, olho roxo, unhadas na barriga, queimaduras de cigarro e marcas de mordidas.
Segundo a delegada responsável pelas investigações, Jéssica Cristina de Assis, diante das lesões causadas na vítima e dos prontuários médicos, conclui-se que a mãe vinha tem submetendo o filho a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo.
“Ficou claro que as agressões eram permanentes e mesmo diante da gravidade do quadro de saúde da criança, que está com uma fratura séria no braço, a mãe que estava pernoitando no hospital com o filho, continuava o submetendo a violações sérias, colocando em risco a vida do menor”, disse a delegada.
Diante dos fatos, a agressora foi conduzida à Delegacia da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande, onde após ser interrogada, foi autuada em flagrante pelo crime de tortura castigo, tendo a delegada representado ao Poder Judiciário pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.