O vereador Adevair Cabral (PSDB), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), garante que irá entregar o relatório final dentro de 15 dias. O parlamentar tucano afirma que todo o relatório será técnico e elaborado com base nos depoimentos colhidos pelo grupo durante a fase de oitivas.
Assessoria
Relator CPI o Paletó, vereador Adevair Cabral (PSDB).
“Eu estou satisfeito com todos os depoimentos nesta Casa. Então, dá para conseguir fazer o relatório com o que foi feito. Tudo que foi dito aqui estará no relatório. Vai ser um relatório técnico”, disso o tucano.
Nesta terça-feira (13), o parlamentar deve apresentar aos demais membros da Comissão um cronograma contendo informações sobre a conclusão do relatório. A fase de oitivas encerrou na última quarta-feira (07) com a aprovação de um requerimento de autoria do presidente da Casa de Leis, vereador Justino Malheiros (PV).
No documento, o parlamentar pediu que o grupo encerrasse a fase de oitivas e passasse para a produção do relatório final. A solicitação de Justino foi acatada por Adevair e Mauro Nadaf, que também é membro da CPI. Já o presidente da Comissão, vereador Marcelo Bussiki (PSB) foi contrário à medida e recorreu à Justiça.
No último sábado, entretanto, juiz Jorge Iafelice dos Santos indeferiu pedido de liminar impetrado pelo parlamentar. Diante disso, Bussiki irá apresentar um relatório em separado. Para ele, a CPI deveria colher mais depoimentos, uma vez que há contradições a serem esclarecidas.
Assessoria
Presidente da CPI do Paletó, vereador Marceo Bussiki (PSB).
Desta forma, em busca de mais informações, o socialista participou nesta terça-feira (13), ao lado do procurador-geral de Justiça Mauro Curvo, de reuniões no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Procuradoria Geral da República (PGR) com vistas a pedir o compartilhamento de provas da delação do ex-governador Silval Barbosa.
Desde o ano passado, o chefe do MPE e o vereador já fizeram cinco pedidos ao ministro do STF, Luiz Fux, para que haja o compartilhamento do conteúdo das provas que já existem e da própria delação do ex-governador e sua família, além das provas apresentadas pelo ex-chefe de gabinete, Silvio Corrêa. O objetivo é subsidiar os trabalhos da Comissão criada para investigar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e principalmente a produção do relatório paralelo que será feito por ele.
“Solicitamos, tanto essa reunião, quanto essas provas, que podem colaborar em muito para o trabalho da CPI. Em vista da manobra feita para acelerar o trabalho da comissão, vejo como fundamental para o meu relatório e também para o do Adevair”, justificou.
Apenas o ex-governador Silval Barbosa, o seu ex-chefe de gabinete, Sílvio Corrêa, o ex-secretário de Indústria e Comércio, Alan Zanatta, e o servidor da Assembleia Legislativa, Valdecir Cardoso, foram ouvidos na CPI. Outros 11 requerimentos para novas oitivas e produção de provas foram indeferidos.
“Esperamos obter, principalmente, os relatórios da Polícia Federal quanto às provas apreendidas na casa do prefeito Emanuel e na prefeitura, pois todos os pedidos feitos para produzir provas no âmbito da CPI foram negados pelos dois membros. Mas, independente dessas provas, irei fazer um relatório que seja fiel à verdade dos fatos”, afirmou.
Já no âmbito do Ministério Público, o compartilhamento das provas vai permitir que o órgão aja em relação aos crimes narrados na delação, no âmbito da improbidade administrativa.