Com 13 assinaturas, o vereadores da base governistas deram uma rasteira na oposição e garantiram a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a questão referente aos medicamentos vencidos encontrados no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos da Capital.
Proposta pelo vereador Lilo Pinheiro (PDT) - primo do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) - o processo visa apurar, de uma forma geral, a aquisição, armazenamento e distribuição dos medicamentos e insumos realizados pela Secretaria de Saúde do município.
A sua abertura foi anunciada nesta terça-feira (27), durante sessão ordinária. Como foi o autor do requerimento, Lilo deve ficar na presidência dos trabalhos. Já a relatoria deve ser ocupada pelo médico Drº Luiz Fernando, tendo em vista a sua atuação na área da saúde.
A composição deverá ser oficializada na próxima segunda-feira (03), durante reunião do Colégio de Líderes. Após isso, será publicada uma resolução no Diário Oficial de Contas, oficializando a instauração da CPI, que terá 120 dias para concluir os trabalhos.
A CPI é uma resposta da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) aos vereadores de oposição, que trouxeram à tona na semana passada a questão dos medicamentos vencidos, encontrados no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (CDMIC).
A denúncia surgiu após uma fiscalização realizada por um grupo de vereadores da oposição na sexta-feira (23). Em visita ao Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos do município, Diego Guimarães (Cidadania), Michelly Alencar (DEM), Paccola (Cidadania) e Maysa Leão (Cidadania) encontraram uma série de medicamentos com data de validade vencida.
A medida, inclusive, mostra o enfraquecimento dos parlamentares de oposição em relação a legislatura passada. Há mais de um mês o grupo tenta tirar uma CPI do papel e não consegue assinaturas suficientes.
Proposta pelo tenente coronel Paccola (Cidadania), a oposição tenta emplacar uma investigação para apurar supostas irregularidades nos contratos emergenciais firmados pela Prefeitura de Cuiabá em razão do coronavírus.
Até o momento, o documento conta apenas com a assinatura dos vereadores Diego Guimarães (Cidadania), Dilemário Alencar (Podemos), Edna Sampaio (PT), Michelly Alencar (DEM) e do próprio Paccolla.