Quarta-feira, 13 de Agosto de 2025

POLÍTICA Quarta-feira, 13 de Agosto de 2025, 11:52 - A | A

Quarta-feira, 13 de Agosto de 2025, 11h:52 - A | A

AVALIAÇÃO

Companheiro de cassação: Edna avalia retorno de Abilio à política, ‘homem branco com amigos poderosos’

Evelyn Souza/ O Bom da Notícia

Em entrevista ao programa Roda de Entrevista, da TV Cultura, a ex-vereadora de Cuiabá cassada e suplente de deputada estadual Edna Sampaio (PT) realizou uma avaliação sobre não ter conseguido reverter a cassação e se eleger novamente a uma cadeira da Câmara Municipal.

Em tom de convencimento, Edna afirmou que o único motivo para não ter voltado ao cargo foi ter sido impedida, até mesmo através da candidatura coletiva das “3Pretas” — Edna vinha concorrendo como cabeça de chapa no mandato coletivo “As 3Pretas” (Edna, Day e Neusa). Esse tipo de mandato coletivo consiste na divisão de um mandato parlamentar entre várias pessoas, sem hierarquia, com decisões ocorrendo em colegiado.

“Eu não venci as eleições porque não fui candidata! Fui impedida de concorrer, e a minha cassação foi exatamente uma estratégia para me impedir de disputar. Não apenas não fui candidata, como houve uma campanha para me retirar do apoio e da participação em uma candidatura coletiva”, disse.

Durante a participação no programa, a petista também avaliou o retorno do prefeito Abilio Brunini (PL) aos holofotes políticos, após ele também ter sido cassado na Câmara de Cuiabá por quebra de decoro parlamentar — comportamentos incompatíveis com a função — em contraste com a sua própria situação.

“Abilio é um homem branco que tem o apoio dos poderosos do estado de Mato Grosso. Ele não representa novidade no ponto de vista das ideias; muitas vezes, ele dá um passo atrás. Na minha avaliação, as ideias do Abilio são pré-estado — quando não havia estado, e as pessoas não sabiam como construir políticas públicas. A política se tornou algo tão complexo, tão difícil de entender, que é complicado para o cidadão comum compreender. Isso promove desconfiança e descrédito na política. Seus discursos, que são discursos pré-estado e que incorporam a violência como estratégia individual de vida — ‘bandido bom é bandido morto’ — mostram o fracasso das nossas instituições, que não conseguiram promover igualdade. Sendo assim, o que Abilio fala é aparência.”