O vereador Dilemário Alencar (UB) usou a tribuna da Câmara Municipal nesta terça-feira ((12) para denunciar que a empresa CS Mobi já encaminhou mais 80 mil notificações para a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) realiza auto de infração para multar condutores de veículos e motos desde fevereiro de 2024.
Essas notificações são feitas por ronda de carros, dotados de câmeras, de propriedade da empresa CS Mobi. A empresa também faz a cobrança de estacionamento rotativo em ruas e avenidas de Cuiabá.
“Essa empresa, que enche os bolsos cobrando estacionamento em ruas da nossa cidade e recebe mais de R$ 1 milhão todos os meses dos cofres da prefeitura, vem agindo em Cuiabá como uma grande indústria da multa!”, disse o vereador Dilemário.
O parlamentar explicou que a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro foi a que mais instalou radares em Cuiabá, onde muitos desses equipamentos é tido pela população como arapucas para multar condutores de carros e motos.
“Não contente com a indústria das multas dos radares, Emanuel amarrou em contrato com a CS MOBI uma nova modalidade de indústria da multa. Por mês essa empresa emite por volta de cinco mil notificações para a Semob multar condutores. Essa situação tem que ser revista urgentemente”, defendeu o parlamentar municipal.
Dilemário informou que já adotou a providência de protocolar na Câmara Municipal uma indicação para ser encaminhada a Semob, onde pede que sejam suspensos os autos de infração de trânsito com base nas informações de notificações da concessionária CS Mobi.
Outra providência a ser adotada pelo parlamentar é a possibilidade de ingresso junto ao poder judiciário de uma ação popular questionando as mais de 80 mil notificações realizadas pela CS Mobi junto a Semob, onde já gerou milhares de multas de trânsito em Cuiabá.
“Tenho recebido todos os dias reclamações sobre a forma de funcionamento do aplicativo da empresa CS Mobi para realizar o pagamento da tarifa de estacionamento. A empresa não investe em melhorias no aplicativo para facilitar o acesso, e não realiza campanhas institucionais nos meios de comunicação para orientar a população, principalmente às pessoas idosas”, pontuou o Dilemário.