O ex-secretário de Segurança Pública Rogers Jarbas é interrogado pelo juiz Murilo Mesquita Moura, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, nesta sexta-feira (09). Ele é ouvido na qualidade de testemunha de defesa do cabo Gerson Corrêa Júnior na ação penal que trata dos grampos ilegais cometidos por policiais militares em Mato Grosso.
Além dele, o policial ainda convocou como testemunha os delegados Flávio Stringueta, Alana Derlene Cardoso, a ex-servidora do Estado, Tatiane Sangali e Rafael Meneguine. Todos prestam depoimento hoje (09).
Também existe a possibilidade de promotor chefe do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) Marcos Bulhões e o governador do Estado, Pedro Taques (PSDB) serem ouvidos.
O esquema dos grampos ilegais foi denunciado à Procuradoria Geral da República pelo promotor de Justiça Mauro Zaque. De acordo com ele, membros da Policia Militar e integrantes do primeiro e segundo escalão do Executivo Estadual estariam se utilizando da máquina para fazer interceptações telefônicas irregulares por meio da chamada “barriga de aluguel”.
Entre os grampeados estão adversários políticos, jornalistas, advogados, entre outros. Os números teriam sido incluídos em uma investigação sobre tráfico de drogas no município de Cáceres.
A primeira a depor é a Alessandra Saturnino de Souza, que atuou como secretária-adjunta de Inteligência, na Secretaria de Segurança Pública, entre janeiro de 2015 e março de 2016. Ela afirma que tomou ciência do caso no final do ano de 2015, mas garante que não tinha noção de sua dimensão.