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POLÍTICA Quinta-feira, 17 de Junho de 2021, 10:57 - A | A

Quinta-feira, 17 de Junho de 2021, 10h:57 - A | A

"VAMOS CONVERSAR COM O PARTIDO"

Deputados usam as redes e se contrapõem a ex-senador quanto ao PSL compor base de Mendes

Marisa Batalha/O Bom da Notícia

Um dia após a entrevista do ex-senador Cidinho Santos à uma rádio, na Capital - depois de trocar o PL pelo PSL -, com a possibilidade de assumir a presidência da sigla em Mato Grosso, os deputados pesselistas Gilberto Cattani, Delegado Claudinei e Ulysses Moraes, postaram em suas redes sociais, uma foto em que estão juntos, como forma de reforçar, supostamente, que os três estariam firmes no posicionamento de se manterem independentes, na Assembleia. Assim, longe de irem para a base de apoio do governador Mauro Mende(DEM).

Mesmo que em conversa exclusiva nesta quarta-feira(16), ao site O Bom da Notícia, o deputado Claudinei tenha sido categórico que estariam firmes neste posicionamento ele e Ulysses, apesar de Gilberto estar junto na foto.

Mesmo que em conversa exclusiva nesta quarta-feira(16), ao site O Bom da Notícia, o deputado Claudinei tenha sido categórico que estariam firmes neste posicionamento ele e Ulysses, apesar de Gilberto estar junto na foto.

E que, assim, Elizeu Nascimento, vice-presidente do partido e, possivelmente, Cattani, podem seguir o novo entendimento da sigla de fazerem parte da base governista, na Casa de Leis.

Chegando Claudinei a não descartar, inclusive, de uma desfiliação, com a abertura entre março e abril, da janela partidária e, assim, disputar sua reeleição no parlamento estadual por outra legenda.

Um recado claro de que não estariam dispostos - ele e Ulysses Moraes -, de se juntarem à base do governo, na Assembleia. Principalmente, com a entrada na legenda do ex-senador Cidinho Santos, amigo de longas datas do governador democrata Mauro Mendes, tendo sido, inclusive, o responsável pela sua campanha vitoriosa ao Governo do Estado. E, sobretudo, em entrevistas recentes, já ter admitido que o PSL passaria a fazer parte, em uma eventual reeleição do gestor estadual, de seu arco de alianças.

A chamada 'janela partidária' é um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Esse período acontece seis meses antes do pleito. A regra foi regulamentada pela Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015) e se consolidou como uma saída para a troca de legenda, após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) segundo a qual o mandato pertence ao partido, e não ao candidato eleito.

Ainda de acordo com Claudinei, ele teria acompanhado todo este processo de filiação de Cidinho, no PSL, por meio da imprensa, sobretudo, o posicionamento do ex-parlamentar de levar a legenda para a base de Mendes. "Acho que é necessário que os deputados da sigla sejam ouvidos. Até como forma de evitar que ocorra um racha interno na sigla".

Ressaltando que estaria conversando, em breve, com os diretórios estadual e nacional, sobre os caminhos do partido em Mato Grosso, em especial, sobre as eleições de 2022. Assegurando que não teria ocorrido, de fato, nenhuma decisão da legenda de caminhar com o governador. 'Precisamos ser ouvidos nestas questões do partido'.

"Aqui, na Assembleia, continuaremos com uma posição independente. Assim, não somos da base governista. Em particular, posso dizer que não sou situação, nem oposição. E pretendo manter este posicionamento até o final do meu mandato. Não fomos ainda escutados, pelo presidente da sigla, Aécio Rodrigues, que acabou de assumir o cargo de presidente do Escritório de Representação do Estado de Mato Grosso[Ermat], em Brasília, nomeado aí pelo governador. Sei que Cattani participou, mas eu não e, nem tampouco, Ulysses. Assim, não fomos consultados, nem mesmo comunicado sobre esta possivel ida da sigla para a base do governo".

Pontuando que isto não significa que ele, enquanto parlamentar, não apoie alguns projetos que venham do governo, desde que, claro, eles sejam bons para a população. "Isto não significa que em projetos que sejam bons para o Estado a gente não vá apoiar, ao contrário. Mas aqueles que acreditamos não serem bons para a população, claro, não apoiaremos".

E amenizando um pouco 'tom', o deputado Claudinei chegou a admitir que primeiro irá conversar com o diretório para depois tomar uma posição, quanto ao seu destino político.

"Temos que conversar e saber se o caminho é dar apoio ao governador em uma eventual reeleição, sobretudo, se a gente vai seguir neste caminho. Ou se vamos decidir pela troca de partido, para buscar nossas reeleições em outras siglas. Mas há ainda muita conversa até lá."

Críticas a Ulysses

Nesta última terça-feira(15), o vice-presidente do PSL, em Mato Grosso, o deputado Elizeu Nascimento, fez duras críticas contra o deputado Ulysses Moraes, ao pontuar que a pretensão do colega de partido, ao governo, 'só faria sentido se ele contribuísse mais com a legenda.

Asseverando que a intenção de Ulysses, em uma possível candidatura à Governadoria, não prosperaria nem mesmo dentro do PSL. "Eu acho que para ser candidato ao governo, o companheiro tem que, pelo menos, contribuir com filiação. E é coisa que o deputado não tem contribuído. Até o momento ele entrou só com a filiação dele mesmo", alfinetou Elizeu.

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(Foto: Divulgação)

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