Presidente da Câmara de Cuiabá, Juca do Guaraná Filho (MDB) afirmou nesta terça-feira (18) que o projeto para abrir um plebiscito sobre a troca do VLT pelo BRT está ‘ganhando musculatura’ dentro do legislativo municipal. Segundo Juca, a ideia tende a prosperar porque partiu dos vereadores.
A ideia da consulta popular foi anunciada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) um dia antes. O prefeito alegou que é importante ouvir a população. Pinheiro já havia tentado viabilizar um plebiscito por meio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), mas não obteve apoio dos deputados.
Dilemário Alencar, de oposição a Emanuel Pinheiro, diz que a prefeitura gastará R$ 3 milhões para realizar um plebiscito que não terá validade jurídica nenhuma e que só servirá para alimentar a disputa política
“Ninguém está sendo ouvido. Nós da classe política se nós andarmos no VLT ou BRT vai ser somente no dia da inauguração, por isso tem que ouvir de fato quem vai andar, dona de casa, estudante, quem usa para trabalhar, essas pessoas precisam ser ouvidas e não foram ouvidas até agora”, afirmou o vereador, ao O Bom da Notícia.
Segundo Juca, a ideia de realizar o plebiscito partiu do líder do governo, o vereador Mário Nadaf (PV) e do vereador Dídimo Vovô (PSB). Os defensores da ideia, segundo Juca, procuraram o presidente da Câmara e o prefeito Emanuel Pinheiro para discutir sobre o assunto e viabilizar o plebiscito.
Apesar disso, ainda não existe nenhuma proposta já formulada sobre o assunto. Os vereadores dizem que pretendem estudar a viabilidade jurídica e econômica de uma possível consulta à população. Mesmo se o plebiscito não obrigar o governo do Estado a atender a demanda da população, os legisladores da Câmara entendem que a medida seria suficiente para mostrar o que de fato pensa o povo cuiabano sobre o assunto.
“Se for da vontade da maioria nós vamos fazer”, falou Juca.
“O processo de discussão iniciou hoje, nós temos que ver os meios legais e os meios jurídicos para que nós possamos propor, mas é algo que me deixou bastante empolgado, ouvir a população é muito bom, hoje eu escuto a população através do meu gabinete itinerante, através de enquetes nos grupos de mensagem e 70% das pessoas opinam pelo VLT”, conclui.
O vereador Dilemário Alencar (Podemos), de oposição a Emanuel Pinheiro, diz que a prefeitura gastará R$ 3 milhões para realizar um plebiscito que não terá validade jurídica nenhuma e que só servirá para alimentar a disputa política.
“Quando o prefeito foi deputado estadual ele não defendeu o plebiscito, todo mundo sabe que o modal original era BRT e foi mudado através de um ato fraudulento, porque naquela época o prefeito não cobrou por um plebiscito?”, disse Dilemário