Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2025

POLÍTICA Sexta-feira, 08 de Março de 2024, 10:13 - A | A

Sexta-feira, 08 de Março de 2024, 10h:13 - A | A

EM CUIABÁ

Mais de 200 mulheres protestam na AL contra PLs que relativizam direitos sociais

Da Redação do Bom da Notícia com Assessoria

(Foto: Ilustração/Assessoria)

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Nesta sexta-feira (08), mais de 200 mulheres oriundas das várias regiões do estado, ocuparam a sede da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso para denunciar como a atuação dos deputados estaduais colabora para a perpetuação da violência no campo e contra as mulheres.

Com o lema - 'Lutaremos! Por nossos corpos e territários, nenhuma a menos!' -, as mulheres pautaram o protesto sobre a inconstitucionalidade lei Nº 12.430/2024 de autoria do deputado Claudio Ferreira que relativiza os direitos sociais historicamente conquistadas pela classe trabalhadora.

"O PL amplia a potencialidade dos conflitos e violência no campo e não resolve o problema da classe trabalhadora precarizada que necessita de políticas assistenciais. Essa Lei coaduna com o PL e com a Comissão Parlamentar Invasão Zero, que ao invés de resolver o verdadeiro problema de grilagem cometido por latifundiários, criminaliza as/os trabalhadoras/es que estão em luta pela terra. Essa PL que dialoga com grupos de milicias que tem causado medo e violência. Com esses projetos de Lei não temos dúvidas em afirmar que esses deputados tem nas mãos as marcas sangrentas do latifúndio em nosso estado".

Na celebração do Dia Internacional das Mulheres, centenas de  trabalhadoras, igualmente, repudiaram as práticas misóginas de outro deputado do Legislativo estadual.

"Essa Casa que no auge de seus delírios falocentrico comparou as mulheres a vaca, ainda tem sistematicamente atacado o direito das mulheres como o caso do direito ao aborto em caso como o estupro. Ao invés de condenar o verdadeiro criminoso que são os homens que estupram, o deputado ataca as vítimas. Cabe destacar que o Estado de Mato Grosso é um dos estados mais violento contra as mulheres sendo que em 2023 teve a mais alta taxa de feminicídio".

Na sequência as mulheres se deslocaram para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, onde apresentaram a prateleira vazia, buscando resposta para a Reforma Agrária, visto que no Estado existem acampamentos com mais de 15 anos esperando uma atuação e posicionamento do órgão.

A ação das mulheres na Assembleia Legislativa faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres que ocorre em todo o país de 06 a 08 de março.