O governador Pedro Taques (PSDB) acredita que o vazamento da delação premiada firmada pelo ex-secretário de Educação Permínio Pinto tem motivação política. O gestor tucano vê com estranheza o fato de a colaboração ter vazado em meio ao processo eleitoral, onde ele busca a reeleição.
Isto porque, a referida delação teria sido feita em dezembro do ano passado. “Meus advogados estão atrás disso. Isso está na Justiça. Agora, isso é processo eleitoral. Engraçado, ao que consta essa delação teria sido feita em dezembro e agora, às vésperas da eleição, vaza”, disse em entrevista ao programa Estúdio Band, da TV Cidade Verde, na terça-feira (28).
Conforme matéria veiculada pelo jornal Folha de São Paulo nesta terça-feira (28), Permínio relatou em sua delação premiada que o atual chefe do Executivo Estadual tinha conhecimento e participação no esquema de fraude em contratos para beneficiar empreiteiras em troca de propina para quitar dívidas da campanha eleitoral de 2014.
Taques, entretanto, classifica as acusações como ”absurdas” e nega envolvimento na fraude. “Eu entendo que seja eleitoreiro. Agora, às vésperas da eleição? Isso não foi feito em dezembro? Por que não apareceu lá? Entendo que está na Justiça, meus advogados estão buscando e é um absurdo. O cidadão conhece a minha vida”, afirmou.
Apesar da gravidade das acusações, o tucano acredita que isso não deverá influenciar no seu projeto de reeleição. “O cidadão sabe que passei 15 anos combatendo o crime organizado. O cidadão sabe que, como senador da República, apresentei o projeto que transforma corrupção em crime hediondo. E o cidadão sabe que, como governador, tenho o mesmo patrimônio, mesmo estilo de vida e tomei todas as providências necessárias para que esse caso fosse elucidado”, disse.