Daiane Oliveira Barbosa, 30 anos, foi morta com uma facada no pescoço, nesta quinta-feira (18), em Confresa (a 1.160 km de Cuiabá). O ex-companheiro dela, Gedeon Silva de Moraes, é procurado como o principal suspeito do feminicídio.
As investigações da Polícia Civil, que já iniciaram, dão conta que o ex-companheiro de Daiane não aceitava o fim do relacionamento. Segundo o delegado Allan Vitor Sousa da Mata, a vítima havia saído de casa, onde morava com o homem, na última terça-feira (16), desde então sofria ameças de morte.
Ainda de acordo com a polícia, Gedeon em tentativa de reconciliar procurou a mulher nesta quinta-feira, porém, o casal teria discutido e entrado em luta corporal. Durante a briga, o homem, em fúria, pegou uma faca e desferiu golpes na região do pescoço de Daiane que morreu na hora.
O corpo dela foi encaminhado ao Instituo Médico Legal (IML), que deve apontar a causa da morte.
À polícia, duas crianças contaram que viram o suspeito pulando um muro com as mãos sujas de sangue e com uma faca.
O caso é tratado como feminicídio.
Violência sem fim
De acordo com um estudo realizado na área da psicologia, as mulheres, vítimas de violência doméstica levam de 9 a 10 anos para romper a relação com o companheiro agressor, tempo que pode ser determinante para que ela torne-se uma vítima em potencial de feminicídio.
A constatação levou a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande a colocar um alerta nos casos denunciados na delegacia e a desenvolver um projeto voltado para conversar com homens. O alerta nos inquéritos é uma etiqueta vermelha, que é colocada após descoberta que a vítima tem mais de uma ocorrência contra o mesmo agressor. Logo que a mulher procura a unidade, o policial toma o cuidado de esmiuçar o fato, na confecção do boletim.
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