Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 22 de Abril de 2019, 14:24 - A | A

Segunda-feira, 22 de Abril de 2019, 14h:24 - A | A

BASTIDORES DA POLÍTICA

Júlio admite rixa entre prefeito e governador, mas nega suposto boicote à visita do ministro

Ana Adélia Jácomo / O Bom da Notícia

Conversas de bastidores dão conta que o clima entre o governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) estaria ‘esgarçado’. Prova disso seria uma suposta reunião entre o senador por Mato Grosso Jaime Campos (DEM) e o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM).

 

Ocorre que que durante o lançamento de uma campanha de vacinação da Prefeitura de Cuiabá, com a presença do ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o ex-governador Júlio Campos (DEM) disse nesta segunda-feira (22) que Mendes e o prefeito têm atritos e usou a palavra ‘esgarçada’ para classificar a relação. 

 

No entanto, ele negou que os caciques teriam sido obrigados a interferir em uma tentativa de barrar a visita do ministro na Capital. Emanuel fazia tanta questão da presença ilustre que chegou a adiar a entrega da segunda etapa do novo Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá, incialmente idealizado para o dia 15, mas transferido para esta segunda-feira. 

 

“O prefeito é nosso amigo e nós o apoiamos. O DEM não faz oposição ao Emanuel, e temos um relacionamento pessoal muito forte. Se o governador Mauro tem uma ‘quizomba’, um pequeno ‘esgarçamento’ com o Emanuel... no caso, eu e o senador Jaime, não. Tanto é que o filho dele [deputado federal Emanuelzinho – PTB é filho de Emanuel Pinheiro] foi o mais votado em Várzea Grande”, disse Júlio. 

 

Contudo, o líder do DEM em Mato Grosso disse que não acredita na possibilidade de pessoas ligadas ao governador, ou ao DEM, terem tentado atrapalhar a vinda do ministro a Cuiabá. É que recentemente o governador e o prefeito de Cuiabá se estranharam quando o hospital Santa Casa de Misericórdia fechou as portas. Ambos trocaram acusações na imprensa sobre quem teria responsabilidade de ajudar o hospital filantrópico financeiramente. 

 

Até agora, com quase 40 dias parada, nenhum dos Poderes apresentou proposta para a casa de saúde, que é privada. Anteriormente, a celeuma se deu por conta do aniversário de 300 anos da capital. Emanuel afirmou que havia preparado três dias de festas com shows nacionais, no entanto, o Governo do Estado não cedeu a Arena Pantanal para uso das festividades. Sem opção de local para acomodar as festas, Emanuel cancelou o evento e disparou diversas farpas contra o governador.

 

Questionado se a suposta reunião entre Jaime e Rodrigo Maia teria sido para apaziguar os ânimos e garantir e vinda do ministro, Júlio negou que saiba informações sobre isso e classificou como ‘boatos’ tais comentários. “Eu não acredito que o Mauro tomou essa atitude. Acho difícil ele fazer esse tipo de rasteira. Eles têm atritos, mas...”. 

 

“A saúde pública, do jeito que está, tem que ter uma unidade muito grande. Não tem lugar pra esse tipo de mau querência. O Mauro é muito superior a isso, e eu não acredito nesse boato, senão o próprio Emanuel teria ligado pra mim e eu saberia do Mauro. Tenho relacionamento político com os dois, converso com os dois lados”, afirmou ele.

 

Leia mais:  Emanuel alfineta Mendes e diz que escândalo de corrupção ocorreu na gestão passada