Segundo a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso (FCDL/MT), com os dados de junho disponíveis, já é possível fazer um balanço do 1º semestre para o comércio do Estado. Conforme o IBGE, as vendas do setor cresceram na primeira metade do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O avanço foi de 2,5% no comércio varejista e de 3,1% no varejo ampliado.
Esses números ficaram acima da média nacional. Além disso, na comparação com os dados de 2024, apresentam uma recuperação do setor. Os dados positivos também se refletiram no mercado do trabalho. No 2º trimestre do ano, a taxa de desemprego caiu para 2,8% em Mato Grosso, permanecendo em um patamar historicamente baixo. Além disso, o saldo de vagas formais criadas no 1º semestre chegou perto de 42 mil.
Os números da inflação mostram que, na região Centro-Oeste, o ritmo de crescimento dos preços caiu no acumulado dos 12 meses encerrados em julho de 2025.
Para o presidente da FCDL/MT, David Pintor, “manter a inflação em trajetória de queda é um dos desafios colocados para a segunda metade do ano”, pontuou.
Nos dados de crédito, surge outro ponto de alerta: as taxas de inadimplência bancária medidas pelo Banco Central cresceram na primeira metade do ano. O avanço foi notado tanto no segmento de pessoas físicas quanto no segmento de pessoas jurídicas. “Além da inadimplência, ao longo do ano, observou-se um crescimento das taxas de juros, como reflexo dos aumentos sucessivos da taxa SELIC. Para as empresas que dependem da contratação de crédito, é fundamental buscar boas condições de prazo e de juros nas operações de empréstimos e financiamentos”, disse o presidente.
Comércio de Mato Grosso registra crescimento acima da média nacional no 1º semestre de 2025
Dados divulgados pelo IBGE mostram que, no 1º semestre de 2025, as vendas do comércio de Mato Grosso cresceram 2,5%, acima do observado na média nacional, que notou avanço de 1,8%. No varejo ampliado, o crescimento registrado no estado foi de 3,1%, ante 0,5% na média nacional. Observa-se que, ao longo dos últimos meses, as vendas do setor recuperaram-se das quedas observadas em 2024, a despeito do recuo observado no comparação entre junho de 2025 e o mês anterior. Por fim, dados da Pesquisa Anual do Comércio (PAC) apontam que, em 2023, o número de estabelecimentos comerciais atuando em Mato Grosso foi de 35.403. A PAC é uma pesquisa de periodicidade anual que fornece um panorama detalhado das características do setor do comércio no Brasil.
Em Mato Grosso, 41.853 vagas formais foram criadas no 1º semestre de 2025
No 1º semestre de 2025, o estado de Mato Grosso registrou saldo de 41.853 vagas formais criadas, de acordo com dados do CAGED. O saldo corresponde à diferença entre o total de admissões e o total de demissões no período. Na comparação com o 1º semestre de 2024, observa-se que o ritmo de criação de vagas, considerando o conjunto de todos os setores, permaneceu praticamente estável: no mesmo período daquele ano, o saldo de criação de vagas chegou a 41.949. A abertura dos dados por setor revela a liderança do setor de serviços, que registrou saldo de 15.807 vagas criadas, seguido pelo setor de Construção. No comércio, nota-se uma desaceleração: o setor registrou saldo de 4.009 vagas formais criadas no 1º semestre de 2025, ante 5.145 no 1º semestre de 2024. Espera-se que a retomada do setor em curso possa elevar o ritmo de criação de vagas formais no estado.
Desemprego permanece em níveis historicamente baixos em Mato Grosso
Os dados trimestrais do IBGE mostram que, no 2º trimestre de 2025, a taxa de desemprego recuou para 2,8% em Mato Grosso. Nota-se que, a despeito da oscilação verificada nos últimos trimestres, o desemprego segue em patamares historicamente baixos no estado. Os dados do CAGED consideram apenas a realidade do emprego formal, enquanto os dados do IBGE consideram também a informalidade. O detalhamento dos dados mostra ainda que o número de pessoas na força de trabalho chegou a 2,08 milhões em Mato Grosso. A força de trabalho é composta pelos indivíduos que exercem alguma atividade profissional ou que estão à procura, mas sem trabalho no momento da pesquisa – os chamados desempregados. O detalhamento dos dados mostra que, dentro da força de trabalho, 2,02 milhões têm alguma ocupação profissional e 58 mil estão desempregados. Por fim, a renda média foi estimada em R$ 3.591 no estado.
Na região Centro-Oeste, IPCA desacelera e acumula alta de 4,8% em julho de 2025
Dados divulgados pelo IBGE mostram que, no acumulado de 12 meses, a inflação oficial (IPCA) medida na região Centro-Oeste chegou a 4,8% em julho de 2025. Com relação à inflação observada nos dois meses anteriores, nota-se uma desaceleração do ritmo de crescimento dos preços na região. Nos dados nacionais, os itens de “Alimentação e bebidas” registraram alta de 7,4%. Essa foi a maior variação entre as diferentes categorias de bens e serviços avaliadas pelo IBGE. Em seguida, aparecem os itens de “Educação”, com alta de 6,2% no acumulado de 12 meses. Por fim, os dados do IGP-M nacional seguem exibindo desaceleração. Esse índice de inflação, que considera preços aos consumidores finais e aos produtores, acumula alta de 3,0% em 12 meses. Esse resultado pode ser um sinal de arrefecimento da inflação sentida pelos consumidores finais.
No 1º semestre de 2025, saldo de crédito avança 3,8% no segmento de Pessoas Físicas; taxa de inadimplência avança
Dados divulgados pelo Banco Central mostram que o saldo de crédito a Pessoas Físicas avançou ao longo do 1º semestre de 2025 em Mato Grosso. O avanço foi de 3,8% na comparação com o saldo observado em dezembro de 2024, chegando a R$ 169 bilhões em junho de 2025. Já o saldo de crédito a Pessoas Jurídicas ficou praticamente estagnado no período, com variação de 0,7%. O saldo de crédito representa a soma dos valores em aberto, vencidos ou a vencer, das operações de empréstimos e financiamentos feitas por meio do Sistema Financeiro Nacional. A taxa de inadimplência, calculada como a proporção do saldo de crédito com atraso superior a 90 dias, também avançou ao longo do semestre. No segmento de Pessoas Físicas, a taxa de inadimplência passou de 3,1%, em dezembro de 2024, para 4,1% em junho de 2025. No segmento de Pessoas Jurídicas, a taxa de inadimplência chegou a 3,9%.