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BRASIL & MUNDO Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2019, 18:10 - A | A

Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2019, 18h:10 - A | A

'Mamãe vai mandar livro e feijão. Camisinha e lubrificante, não', afirma Damares

IG Política

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Divulgação/Presidência da República
Ministra Damares Alves

O processo de ressocialização dos jovens infratores está entre as metades da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves . A meta é fazer com que nos próximos três anos mudanças ocorram no sistema, o que inclui o fim da possibilidade de visita íntima .

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"Mamãe Damares vai dar bola, livro, arroz e feijão. Camisinha e lubrificante, não", disse a ministra em entrevista ao Estadão. A ministra, que também é pastora, pedagoga e advogada quer romper com o direito da visita íntima sancionado durante a gestão da ex-presidenta Dilma Rousseff , em 2012, que tinha como condição o casamento ou a união estável entre infrator e a pessoa que fosse realizar a visita.

Questionada sobre um corte de 20% no orçamento da pasta em 2020, Damares afirma que está trabalhando em parcerias e duplicando o número de emendas. "Teve secretaria que saiu de R$ 1 milhão para R$ 15 milhões em emendas, como a do Idoso".

Para 2020, Damares assegura que está sendo desenvolvido o maior pacto de proteção à criança no Brasil. "Temos R$ 100 milhões da Petrobras para ampliar e construir unidades socioeducativas. Preciso entregar 62 unidades no Brasil. Estamos com cinco mil meninos nas ruas". 

Sobre estar entre as ministras mais bem avaliadas no governo Bolsonaro , Damares afirma que o fato se deu por conta das pautas do ministério. "Se trouxermos isso para mim, vou ficar muito triste. Falamos o que o Brasil queria ouvir, como proteção da infância, com paixão e entrega. Essa minha pasta é especial, é extraordinária em valores", justificou. 

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A ministra também disse que pode ser classificada como "uma feminista ". Ao mesmo tempo, questiona: "o problema é: o que é o feminismo? Essas mulheres loucas na rua gritando, com bandeiras, peladas e quebrando tudo?".

A ministra desafiou o jornalista a pedir a uma feminista para mostrar quantas mulheres ela levou para casa e proteger da violência. "Só gritar hoje será o suficiente? Depende do que você entende por feminismo. Se lutar pelo direito das mulheres é ser feminista, eu sou. Se lutar para que todas tenham oportunidade e dignidade, eu sou".



Fonte: IG Política