Na noite desta terça-feira (16), a jornalista do programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, Angélica Gomes, foi agredida com um soco no rosto por um policial militar aposentado durante a cobertura de um acidente envolvendo dois carros e uma motocicleta, na Avenida Miguel Sutil, no bairro Despraiado, em Cuiabá.
O acidente, que era registrado pela jornalista, foi causado pelo policial militar, por volta das 19h. No local, uma testemunha relatou que o suspeito conduzia um Fiat Argo branco e, ao passar pelo trevo da rodoviária que dá acesso à Avenida Miguel Sutil, bateu três vezes contra um Ford Ka conduzido por uma mulher. Já em frente ao Plaza Motel, o policial atingiu um motociclista, que acabou imprensado no capô do carro contra a lateral de um poste. A vítima sofreu ferimentos e precisou ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
Em uma publicação nas redes sociais, Angélica relatou como ocorreu a agressão. Segundo ela, no momento em que narrava os fatos, o policial se aproximou, derrubou a câmera e, em seguida, desferiu um soco em seu rosto.
“Eu levei um murro no rosto de um policial militar aposentado que tinha provocado um acidente ali na Avenida Miguel Sutil. Eu cheguei para gravar a matéria e, no momento em que estava relatando os fatos que me passaram: de que o policial havia colidido propositalmente contra o carro de uma mulher e atropelado um motociclista. Ele (PM) se aproximou, derrubou a câmera no chão e logo em seguida me deu um soco no rosto”, contou.
Na publicação, a jornalista também informou que recebeu apoio do comandante da Polícia Militar, registrou boletim de ocorrência e pediu medida protetiva contra o PM aposentado, além de solicitar que ele fosse submetido a exame toxicológico.
“O comandante da Polícia Militar entrou em contato comigo, assim como o coronel, e recebi todo o apoio da instituição em relação a essa situação. Estou na delegacia registrando o boletim de ocorrência, pedindo o exame de corpo de delito, o exame toxicológico do policial aposentado e também uma medida protetiva, mesmo sabendo que muitas vezes não funciona como deveria”, declarou.