Segunda-feira, 06 de Maio de 2024

CIDADES Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2019, 12:19 - A | A

Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2019, 12h:19 - A | A

CASO VALLEY

Juiz aceita procurador e filhos como assistentes de acusação em ação contra professora

O Bom da Notícia

(Foto: WhastApp/Reprodução)

vítimas - boate valley 2.jpg

 O acidente na Valley Pub, que deixou dois mortos, comoveu toda a sociedade cuiabana

Por decisão do juiz Flávio Miraglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, o procurador de justiça Mauro Viveiros, pai do cantor Ramon Alcides Viveiros - que morreu, após ser atropelado junto com duas amigas, uma delas vindo a falecer no local, em frente à boate Valley Pub, em 23 de dezembro de 2018, na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá -, poderá ser assistente de acusação, na ação penal contra professora Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, acusada do acidente.

 

Também foi deferido pelo magistrado que sejam assistentes de acusação os irmãos de Ramon: Mauro Viveiros Júnior e Regina Reverdito Viveiros.

 

Em trecho da decisão, o juiz diz "que sendo assim defiro o pedido folhas 575/576 a fim de que Mauro Viveiros e os filhos [...] atuem e como assistente de acusação nesta ação penal".

 

O mesmo juiz acatou em novembro desde ano, a denúncia do Ministério Público Estadual, tornando Rafaela Screnci, de 34 anos, ré por crime de homicídio na modalidade de dolo eventual (por duas vezes) e homicídio tentado.

 

No dia 23 de dezembro de 2018, por volta das 5h50, na antevéspera de Natal, o acidente em frente a Valley Pub, resultou nas mortes da estudante de direito Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos e do cantor sertanejo Ramon Alcides Viveiros, 25 anos, alguns dia mais tarde

No dia 8 de outubro, a juíza Silvana Ferreira Arruda, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, já tinha pedido que a professora fosse submetida ao conselho de sentença, sob o argumento que de forma intencional ou não a motorista assumiu o risco de morte por dirigir sob efeito de álcool, em via movimentada da Capital.

 

De acordo com denúncia do Ministério Público, a professora dirigia em notório estado de embriaguez e em velocidade acima do permitido. Assim, obviamente, assumindo o risco de produzir a morte de Myllena de Lacerda Inocêncio e Ramon Alcides Viveiros. Apontando ainda que Screnci estaria antes do acidente em outra boate, o Malcom Pub, e teria consumido bebida alcoólica no local.

 

Entenda o caso

 
No dia 23 de dezembro de 2018, por volta das 5h50, na antevéspera de Natal, o acidente em frente a Valley Pub, resultou nas mortes da estudante de direito Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos e do cantor sertanejo Ramon Alcides Viveiros, 25 anos, alguns dia mais tarde. 

 

Ainda deixando por vários meses hospitalizada a universitária Hya Giroto Santos, de 21 anos.

 

Os três jovens saiam da boate e caminhavam na Avenida Isaac Póvoas, para atravessar a rua. Myllena e Ramon estavam conversando, enquanto Hya dançava na rua, quando foram atingido pelo carro de Rafael Screnci. Ela foi presa e solta ao pagar fiança.

 

Hya chegou a ser indiciada por homicídio culposo, mas nesta decisão de Miraglia ordenou que o inquérito contra a universitária Hya Giroto seja arquivado, por falta de elementos para a abertura de uma ação penal contra a vítima. Acolhendo pedido do MPE.

 

Em fevereiro, o primeiro laudo do acidente foi entregue à Polícia Civil, mas após análise, a Deletran entendeu pela necessidade de esclarecimentos adicionais em cima de imagens captadas por câmeras de monitoramento da região.

 

O acidente gerou ainda danos materiais em outro veículo que estava estacionado, um Gol (NPK7309); e, na época, ainda causando profunda comoção na população cuiabana.